Este projeto visa criar e estruturar o Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, o Racismo e a LGBTfobia na Universidade Federal de Alagoas UFAL. A violência contra a mulher, a população negra e LGBT é fato corriqueiro em nossa sociedade estruturada a partir da lógica patriarcal, racista e heteronormativa funcional ao modo de produção capitalista. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking internacional de homicídios de mulheres. Entre as unidades federativas do nosso país o estado de Alagoas está na quarta colocação dos estados que mais mata mulheres. E a cidade de Maceió ocupa o segundo lugar no Ordenamento das capitais, segundo taxas de homicídio de mulheres. Em relação à raça as taxas de homicídio de mulheres brancas, segundo o Mapa da Violência de 2015, caíram 11,9% desde 2003 até 2013. Em contrapartida, as taxas das mulheres negras cresceram 19,5%, nesse mesmo período, demonstrando o quanto as mulheres negras se encontram mais vulnerabilizadas (Mapa da Violência, 2015). Em relação à LGBTfobia, O Brasil segue em primeiro lugar no ranking de assassinatos de transexuais (O Globo, 2018). Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), Alagoas é o estado que ocupa a sétima posição de mortes da população LGBT do país (Portal G1, 2018), com índice de 6.02 mortes assassinatos e suicídios para cada 1 milhão de habitante. A média nacional é 2,01 (Tribuna Hoje, 2018). Estes dados revelam o quanto a violência contra a mulher, o racismo e LGBTfobia está presente em nossas vidas. E a universidade apesar de se configurar como um espaço de produção de conhecimento crítico encontra-se no meio da sociedade refletindo seus valores, concepções e preconceitos em relação à mulher. Não é fato de estar na universidade que transforma o pensamento de forma imediata, nossa formação sócio-histórica de um país colonizado a partir de uma cultura europeia forjada no racismo, no patriarcado e na heteronormatividade. Ao passo que a universidade é o espaço que produz conhecimento ela também reproduz o senso comum. Por isso, é fundamental que este debate tenha um espaço de produção e socialização do conhecimento dentro da UFAL. E nosso Comitê tem esse papel trazer para o espaço público o que foi considerado de âmbito privado e desconstruir a velha máxima de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Apesar de inúmeras conquista como o direito ao voto nos anos 1930, o direito a educação em 1920, o direito ao divórcio nos anos de 1970, a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei da Importunação sexual nos anos 2000. Ainda temos muito a conquistar no âmbito social, cultural, econômico e político. É neste sentido que este Comitê foi criado. Para atuar dentro da universidade com professoras/es, técnicas/os e estudantes, bem como fora da universidade através de suas ações de pesquisa, extensão e atividades pedagógicas e educativas para construir um mundo igualitário e democrático para mulheres e homens, erradicando a violência contra a mulher, o racismo e a LGBTfobia.
Professoras/es, estudantes e técnicos
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