| Ementa/Descrição: | A partir do século XV, o colonialismo europeu passou a dominar espaços, biomas e vidas em diversas regiões do planeta. Com a construção do Estado moderno, consolidou-se a ideia de natureza como fonte de recurso inesgotável à disposição das demandas econômicas da sociedade de consumo. No Brasil, os povos indígenas, que sustentavam outros modos de se relacionar com o meio ambiente, foram considerados atrasados e incompatíveis com o progresso. O resultado foi genocídio, negação e invisibilidade social dessas coletividades. Logo, racismo contra os povos originários e esgotamento ambiental estão intimamente ligados por uma mesma origem: a modernidade. Sendo assim, esta disciplina pretende refletir sobre o processo histórico que resultou na configuração de uma sociedade baseada em estruturas racistas e que reproduzem modos de vida que valorizam o consumo desenfreado e o desperdício. E, a partir do diálogo entre diferentes epistemologias, propõe-se a conhecer modos de vida indígenas, que indicam práticas socioambientais de equilíbrio com a natureza, como alternativa para se pensar soluções que ajudem a superar a crise ambiental. |