Banca de DEFESA: JÔNATAS OLIVEIRA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÔNATAS OLIVEIRA COSTA
DATA : 31/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Campus AC Simões - Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF) - Sala 204
TÍTULO:

CONTRIBUIÇÃO FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DE BACCHARIS NA ORIGEM BOTÂNICA DA PRÓPOLIS MARROM-ESVERDEADA


PALAVRAS-CHAVES:

Compositae; CLAE; Compostos fenólicos; Eriophyidae; Galhas; Origem vegetal.

 


PÁGINAS: 96
RESUMO:

O gênero Baccharis (Asteraceae) compreende cerca de 442 espécies aceitas, incluindo arbustos, subarbustos, árvores e herbáceas, com ampla distribuição pelas Américas e notável diversidade no Brasil, estando bem representado em todos os biomas do território nacional. As espécies desse gênero possuem expressivo potencial terapêutico, sendo amplamente utilizadas na medicina tradicional para o tratamento e prevenção de diversas enfermidades. Seus principais constituintes químicos são flavonoides e terpenoides, associados a atividades biológicas relevantes, como ação alelopática, antimicrobiana, antioxidante e anti-inflamatória. A importância de Baccharis também está relacionada à sua contribuição para a origem botânica da própolis verde produzida nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Além disso, o gênero é reconhecido por sua notável capacidade de hospedar uma grande diversidade de organismos indutores de galhas, como psilídeos e ácaros da família Eriophyidae. Neste estudo, foi avaliada a estrutura anatômica de galhas foliares em Baccharis cinerea DC., induzidas por ácaros galhadores do gênero Aceria sp. Foram identificados dois morfotipos de galhas nas folhas da espécie, ambos associados a esses ácaros. As galhas apresentaram câmara larval única, presença de compostos fenólicos e sistema vascular reorganizado ao redor da câmara, indicando redirecionamento de recursos para a manutenção da colônia do indutor, bem como a capacidade deste em modular a síntese de compostos pela planta hospedeira. Também foi realizado o mapeamento, coleta e identificação de B. cinerea em áreas de produção apícola. Ramos floridos foram herborizados, identificados e depositados em herbário. Foram coletadas amostras de diferentes partes da planta, em distintos estágios fenológicos, com e sem galhas, bem como amostras de própolis marrom-esverdeada, em três municípios da região serrana de Alagoas, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2025. As amostras vegetais foram submetidas à extração por maceração em álcool 80%. Os extratos hidroalcoólicos obtidos foram analisados quanto aos teores totais de fenóis e flavonoides, submetidos à cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e à avaliação da atividade antioxidante pelo método DPPH, com determinação da concentração mínima necessária para sequestrar 50% dos radicais livres (IC₅₀). Ramos floridos coletados no período seco, assim como folhas com galhas, apresentaram teores significativos de compostos fenólicos e flavonoides. Dentre as amostras de própolis, destacou-se aquela proveniente do município de Colônia de Leopoldina, que apresentou os maiores teores desses compostos. As análises cromatográficas revelaram compostos compartilhados entre a planta e a própolis, incluindo derivados do ácido cinâmico, como os ácidos cafeico e ferúlico, além da artepilina C. Todas as amostras analisadas apresentaram elevada atividade antioxidante. Conclui-se que Baccharis cinerea possui elevado potencial terapêutico como fonte de compostos com ação antioxidante, atuando ainda como hospedeira de ácaros galhadores e, principalmente, como fonte de metabólitos secundários relevantes para a formação da própolis marrom-esverdeada nas regiões serranas de Alagoas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1517971 - ANA PAULA DO NASCIMENTO PRATA LINS
Interno(a) - 1995312 - LUAN DANILO FERREIRA DE ANDRADE MELO
Externo(a) à Instituição - JANE MANFRON - UEPG
Notícia cadastrada em: 10/07/2025 12:40
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