CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA, DESENVOLVIMENTO PÓS-SEMINAL, VIABILIDADE PELO TESTE DE TETRAZÓLIO E INFLUÊNCIA DA ÁGUA E TEMPERATURA EM SEMENTES DE Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record
Angico-branco, Fabaceae - Mimosoideae, Viabilidade.
RESUMO
Albizia polycephala (Benth) Killip, popularmente conhecida como angico-branco, pertence à família Fabaceae – Mimosoideae, é uma espécie pioneira utilizada para restauração ambiental, ornamentação e arborização urbana. A caracterização biométrica é uma importante ferramenta para fornecer informações sobre o tipo de germinação, além de descrever a morfologia da semente, estimula estudos inerentes à taxonomia, ecologia e tecnologia de sementes. Para a produção de mudas, a forma mais empregada de propagação dessa espécie é por meio de sementes. Sendo assim, com o estabelecimento de protocolos na superação de dormência de espécies florestais, o produtor poderá escolher o método mais eficiente e também o que mais se adapta a sua realidade, tanto comercial como tecnológica, propiciando um aumento do número de espécies destinadas a compor os modelos de recuperação de áreas degradadas a serem implantados. Com base nisso, o objetivo do trabalho foi realizar a caracterização biométrica das sementes, descrever os estádios pós-seminal, verificar a melhor forma de promover a germinação estabelecer metodologia para o teste de tetrazólio e avaliar a influência de diferentes volumes de água no substrato e temperaturas em sementes de A. polycephala. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Fitotecnia do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (CECA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Foi acompanhado a diferenciação e o desenvolvimento das plântulas de A. polycephala. No ensaio de superação de dormência, os seguintes tratamentos foram utlizados: i) controle (sementes intactas); (ii) escarificação química por imersão das sementes em ácido sulfúrico por 5 min, seguida de lavagem em água corrente; iii) corte no lado oposto à micrópila; iv) imersão em água quente (80°C) e resfriamento por 24 h; v) imersão em água destilada (temperatura ambiente) por 24 h; e vi) imersão em água destilada (temperatura ambiente) por 48 h. As sementes foram incubadas em câmara de germinação a temperatura constante 30°C. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 4 repetições de 25 sementes por tratamento, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Por ocasião da instalação do experimento, as sementes se encontravam com teor de água de 12,4%, possuindo em média 10,3 mm de comprimento, 7,42 mm de largura e 2,46 mm de espessura. A germinação é epígea e as plântulas são fanerocotiledonares. A ruptura física do tegumento das sementes a partir do tratamento desponte contribuiu com o aumento da permeabilidade à água e aos gases, beneficiando, dessa forma, o processo de germinação. Sendo assim, o desponte foi eficiente para a superação de dormência das sementes de A. polycephala.