CARACTERIZAÇÃO DE Colletotrichum spp. ASSOCIADOS À ANTRACNOSE em FLORES TROPICAIS NO NORDESTE DO BRASIL E USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DA ANTRACNOSE (Colletotrichum tropicale) EM BASTÃO DO IMPERADOR
flor de corte, inflorescência, pós- colheita, doença fungica
Os objetivos deste estudo foram identificar espécies do gênero Colletotrichum, através da caracterização molecular e morfocultural associadas a diferentes espécies de flores tropicais (Alpinia, Antúrio e Bastão do Imperador), avaliar a patogenicidade cruzada dessas espécies de Colletotrichum identificadas e testar diferentes óleos essenciais no controle da antracnose em bastão do imperador. Para a caracterização molecular o DNA genômico dos isolados, foram analisados pelo protocolo CTAB 2% com modificações. A sequência parcial do gene gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase (GAPDH) foi amplificada usando os primers GDF/GDR, para uma identificação preliminar dos isolados e avaliação da diversidade haplotípica das espécies. Posteriormente, representantes de cada espécie, baseado nos haplótipos, foram amplificados com outro gene, β-tubulina (TUB2), Chitina synthase (CHS-1), Mating type locus MAT1-2-1 (APN2/MAT-IGS) e a região ITS-rDNA. e a região ITS rDNA. A caracterização cultural consistiu na obtenção do crescimento micelial das colônias, através de mensuração diária em duas direções diametricamente opostas e observação da coloração das colônias avaliadas após sete dias. A caracterização morfológica foi baseada na forma e tamanho de 50 conídios e apressórios. As medidas de comprimento e largura foram obtidas através de imagens capturadas por câmera digital acoplada ao microscópio óptico com aumento de 400x, através do software Cellsenses Standard. Para avaliar o efeito de óleos esenciais, foi determinada a inibição do crescimento micelial de Colletotrichum tropicale. em placas de Petri contendo o meio BDA suplementado com os seguintes produtos químicos: mancozeb (240g); tiofanato metílico (45 g.L-1) e óleos essenciais: capim-limão, citronela e menta (0,75; 1,5; 2,25 e 3%) e ADE para todas as testemunhas. Os tratamentos selecionados in vitro foram utilizados no experimento in vivo, aplicados 72 e 48 horas antes da inoculação do patógeno (indutor de resistência) e 72 e 48 horas após a inoculação (curativo), para o primeiro experimento. No segundo experimento foram utilizados os óleos de citronela e menta (0,25; 0,5; 0,75 e 1%) e tiofanato metílico (45 g.L-1), 72 e 48 horas, separadamente, antes da inoculação (indutor de resistência) e 72 e 48 horas após a inoculação (curativo). As inflorescências foram submetidas à inoculação com o patógeno, através do método de pulverização (106 con./mL). Após 4 dias, foi determinado o índice de severidade e incidência da doença utilizando escala de notas. As espécies C. orchidearum, C. siamense, C. tropicale, C. fructicola e C. theobromicola estão associadas à antracnose em flores de bastão do imperador, antúrio e alpinia no Nordeste brasileiro. Os óleos essencias mostraram eficiência na redução da antracnose, causada por C. tropicale em Bastão do imperador.