PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: o atendimento educacional especializado na creche e pré-escola
Educação Especial, Educação Infantil, Atendimento Educacional Especializado.
Com o aumento gradual no número de matrícula das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses em creches e pré-escolas e a compreensão de que a Educação Infantil é um direito fundamental da criança e sua família, o processo de inclusão das crianças desde bebês com deficiências tem sido visto como um desafio recente e urgente. A escassez de estudos sobre a natureza da oferta de um Atendimento Educacional Especializado que respeite as infâncias e as crianças, resulta na adoção de um modelo de atendimento transposto do Ensino Fundamental e realizado, em sua maioria, em Salas de Recursos Multifuncionais, desconsiderando especificidades do currículo dessa etapa de ensino. Nesse cenário emerge a problemática desse estudo: Quais práticas a professora da Educação Especial tem desenvolvido nas instituições de Educação Infantil? Visando responder a esse questionamento realizamos uma pesquisa qualitativa através de um estudo de caso em um Centro de Educação Infantil no município de Maceio/AL, que oferta o Atendimento Educacional Especializado em Sala de Recurso Multifuncional para bebês e crianças com deficiência. O objetivo geral dessa pesquisa consiste em compreender as práticas da professora da Educação Especial em uma instituição da Educação Infantil, trazendo como objetivos específicos identificar, descrever e analisar essas práticas. A dissertação traz um capítulo onde discutimos sobre as políticas públicas que contemplam a Educação Especial e a Educação Infantil, uma revisão de literatura e o cenário da Educação Especial em Maceió. Dedicamos um capítulo a metodologia, seguido pelo capítulo que descreve a pesquisa de campo e finalizando com um capítulo contemplando as quatro categorias de análises: visão da deficiência; brincadeiras; interações; e relação com as famílias. Acreditamos na relevância dessa pesquisa por oportunizar uma discussão sobre a questão da prática do Atendimento Educacional Especializado voltado aos bebês e crianças com deficiência matriculados na Educação Infantil, instigando a repensar essas práticas na tentativa de dialogar com a concepção de infância, criança e currículo da Educação Infantil.