EVIDÊNCIA DE VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DE UMA CARTILHA EDUCATIVA PARA ESTUDANTES COM AUTOLESÃO NÃO SUICIDA
Adolescente; Saúde Mental; Autolesão não suicida; Promoção da Saúde; Escola.
Introdução: A autolesão não suicida em adolescentes é um importante problema de saúde e social. É definida como uma expressão de angústia e está relacionada com mecanismos de enfrentamentos de emoções, onde há o autoflagelamento para alívio do sofrimento existente. As tecnologias educacionais como um conjunto organizado de conhecimentos objetiva subsidiar e facilitar a aprendizagem. Elas são válidas e necessárias para abordagem de diferentes temáticas com adolescentes, dentre elas, na promoção da saúde mental. Objetivo: Esta pesquisa consiste em desenvolver e analisar as evidências de validade de conteúdo de uma cartilha educativa para estudantes com autolesão não suicida. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico de construção e análise das evidências de validade de conteúdo de uma tecnologia educacional, na forma de cartilha educativa. A amostra de 10 juízes especialistas com expertise no cuidado em autolesão não suicida e/ou saúde mental infanto-juvenil foi utilizada para avaliar a validade de conteúdo da cartilha. A amostra de 22 profissionais de escolas foi utilizada para avaliar a usabilidade da cartilha. Resultados: As respostas dos juízes apresentaram um IVC de 0,9 na avaliação geral. Apenas a dimensão leiaute e apresentação apresentou IVC bom, os demais foram classificados como excelentes. Os profissionais das escolas (73,3%) consideraram a cartilha como totalmente adequada ou adequada para o uso no espaço escolar. De modo geral, a avaliação dos juízes e profissionais das escolas mostram que a cartilha foi considerada clara, relevante e embasada cientificamente. As sugestões realizadas visam melhorar a clareza, a representatividade e a eficácia da cartilha educativa, assegurando que ela atenda melhor às necessidades dos profissionais envolvidos e dos adolescentes a quem se destina. Considerações Finais: A cartilha tem grande potencial para se tornar uma ferramenta fundamental no apoio e acolhimento de adolescentes com autolesão não suicida, promovendo a saúde mental e oferecendo suporte nas escolas.