PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA DE IDOSOS QUE FORAM SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS CARDÍACOS
Cicatrização; Idoso; Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Ferida Cirúrgica.
Introdução: Entender o processo de cicatrização da ferida operatória em idosos que se submeteram a cirurgias cardíacas revela fatores que podem estar relacionados a complicações no pós-operatório auxiliando profissionais enfermeiros a intervir de forma precoce, prevenindo tais complicações e garantindo segurança até a epitelização total da ferida operatória. Objetivo: caracterizar o processo de cicatrização da ferida operatória de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos cardíacos. Metodologia: trata-se de estudo quantitativo-descritivo de caráter prospectivo realizado de agosto a dezembro de 2022 em um hospital de grande porte localizado na região nordeste brasileira aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sobre protocolo nº CAAE: 58372722.9.0000.5013. Os pacientes foram selecionados previamente por meio da agenda cirúrgica e acompanhados durante todo o perioperatório até o 21º dia de pós-operatório por meio de um instrumento validado. Resultados: A amostra final foi de 34 pacientes. O sexo masculino correspondeu a 58,82% e a média de idade de 70,29 anos. As comorbidades mais relatadas foram hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia. Os procedimentos cirúrgicos mais realizados foram o de revascularização do miocárdio e implantes valvares. As feridas operatórias estudadas estiveram localizadas em mediastino, membro inferior esquerdo e região inframamária. Os sinais flogísticos apresentados no tempo de acompanhamento foram rubor, calor, dor e edema. 67,64% não apresentaram alterações no processo de cicatrização; a taxa de deiscência foi de 8,82%; taxa de reinternação por complicações na cicatrização da ferida operatória foi de 16,12%. Os dados foram organizados em códigos e analisados descritivamente. Foram selecionados os preditores do desenvolvimento de deiscência e definida variáveis que foram cruzadas para analisar suas relações por meio do teste qui-quadrado. Conclusão: Compreender o desfecho do processo fisiopatológico da cicatrização de feridas operatórias em idosos permitiu entender as limitações intrínsecas e extrínsecas que afetam esse processo complexo e sua influência em métodos de intervenção que corroborem para uma melhor assistência.