FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO AOS ANTIRRETROVIRAIS EM MULHERES COM HIV/Aids
Fatores; Adesão; Antirretrovirais; Mulheres; HIV.
INTRODUÇÃO: O perfil sociodemográfico do vírus no Brasil é marcado pela heterossexualização, feminização, população jovem, apresentando baixo nível de escolaridade e baixa renda familiar. Os dados estatísticos apresentados pelo país trazem preocupação para a vigilância epidemiológica, visto que ao se apresentarem em um público de faixa etária jovem, estarem em idade fértil e em atividade sexual podem desencadear ao aumento do número de infectados, que em associação aos fatores sociais e ambientais aumentam a vulnerabilidade da doença. OBJETIVO: Identificar os fatores associados à adesão aos antirretrovirais em mulheres com HIV/Aids. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, exploratório, do tipo transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada nos dois principais serviços de assistência especializada (SAE), em Maceió, Alagoas, região do nordeste no Brasil. Após a coleta de dados, as informações obtidas através dos formulários foram armazenadas em planilhas do Microsoft Excel. Para a análise estatística descritiva da amostra foi feita para todas as variáveis do estudo através do cálculo de frequência absoluta (n) e relativa para as variáveis qualitativas e para as variáveis quantitativas, utilizou-se cálculos de média, mediana, desvio padrão e intervalo de confiança. Esta pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL. RESULTADOS: Foram aplicados 81 formulários de entrevistas para obtenção de dados sociodemográficos e aplicação do instrumento de pesquisa questionário para avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral (CEAT-HIV) nas mulheres participantes da pesquisa em ambos os serviços especializados. Ao ser realizado um levantamento das principais barreiras encontradas para adesão aos antirretrovirais por mulheres que vivem com HIV/aids, barreiras essas que consequentemente se desenvolvem como motivos para o abandono à terapia medicamentosa proposta para elas. Ao serem analisadas, a maior frequência foi observada na variável falta de apoio familiar (29,17%), seguido por vergonha de ir à unidade de saúde (25%) e de preconceito por parte das pessoas. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que inúmeros são os fatores que influenciam a adesão das mulheres ao tratamento antirretroviral em algum momento do tratamento ao longo da sua vida e a importância de que essas barreiras vivenciadas por elas sejam identificadas pelos profissionais que a acompanham, a fim de que esses fatores que comprometem a adesão eficaz sejam minimizadas e as chances de adesão regular ao tratamento aumentem significativamente, visto que irão melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida das mulheres que vivem com HIV/AIDS.