CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DE TERAPIA INTENSIVA SOBRE DETECÇÃO PRECOCE E MEDIDAS INICIAIS NO MANEJO DA SEPSE
Enfermeiros; Sepse; Unidade de Terapia Intensiva; Conhecimento.
Introdução: A identificação precoce e o tratamento eficaz da sepse são essenciais para melhorar o prognóstico de pacientes em condições críticas. A enfermagem, enquanto categoria profissional centrada no cuidado de pacientes em estado crítico, desempenha papel essencial nesse manejo. Os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, estão diretamente ligados à assistência de saúde a esses pacientes, atuando no controle de potenciais malefícios em pacientes críticos. Os enfermeiros intensivistas devem possuir conhecimento sobre a detecção precoce e as medidas iniciais no tratamento da sepse, a fim de propiciar resultados clínicos satisfatórios, tais como a redução da mortalidade, a diminuição do tempo de internação hospitalar e a recuperação dos pacientes. Objetivo: Analisar o nível de conhecimento dos enfermeiros de terapia intensiva sobre a detecção precoce e aplicação de medidas iniciais no manejo da sepse. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A coleta foi realizada entre outubro de 2024 e janeiro de 2025. O instrumento foi elaborado no Google Forms©, baseado em protocolos reconhecidos, incluindo Questionário de Avaliação da Autopercepção em Saúde (QuAAPS), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e conhecimento sobre sepse. Após a coleta, os dados foram agrupados no software Microsoft Office Excel® e transferidos para o software Statistical Package for the Social Sciences 21.0 (SPSS), analisados com testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, adotando nível de significância de 5%. Resultados: Participaram desse estudo um total de 60 enfermeiros, maioria do sexo feminino (78,3%) e faixa etária entre 18 e 30 anos (50%). Houve níveis variados de ansiedade, com percentual de 13,3% moderado e 8,3% grave. A maioria possuía especialização (46,7%) e experiência acima de três anos de atuação em UTI (58,3%). A autopercepção em saúde revelou uma percepção positiva da saúde, embora apenas metade se sentisse mentalmente equilibrada. Sobre o conhecimento em relação a sepse, 45% obtiveram pontuação regular e nenhum alcançou conhecimento excelente. As intervenções frequentes após abertura do protocolo foram coleta de hemoculturas (71,7%) e administração de antimicrobianos em até uma hora (81,7%). As análises estatísticas indicaram que a falta de recursos impactou significativamente a dosagem de lactato p= 0,012 (p>0,05). Conclusão: Evidenciou-se um nível de conhecimento regulagem 45% dos enfermeiros intensivistas sobre detecção precoce e manejo inicial da sepse em UTIs. A sobrecarga de trabalho e a falta de recursos materiais dificultam a detecção precoce e a aplicação adequada do protocolo. O estudo destaca a necessidade de protocolos de resposta rápida e capacitação contínua nas instituições. Recomenda-se a realização de futuras pesquisas para aprofundar as causas dessas barreiras e dificuldades.