CIDADE HEGEMÔNICA E FRAGMENTADA: AS INSURGÊNCIAS TRAVESTI/TRANSEXUAL NA LUTA PELO DIREITO À CIDADE
Travesti, Mulheres transexuais, Dinâmica do espaço, Direito à cidade, Normas Culturais.
Uma cidade justa compreende a interação da população com o ambiente construído, de modo justo e sem privilégios pré-concebidos, para atender a necessidade de toda população sem exclusão e perseguição, porque a experiência urbana é percebida de maneiras distintas determinada erroneamente por normas culturais. O objetivo deste trabalho é compreender a dinâmica espacial da vivência travesti e mulheres transexuais na cidade. O foco principal desta pesquisa é justamente aquelas pessoas que desafiam as explicações simplistas e complexas à ordem hegemônica, as travestis e mulheres transexuais. A história e as representações sociais demonstram para quem o espaço é organizado, com seus privilégios e a falta de interação entre toda população, com sua hierarquização, planejada ao interesse do capitalismo, patriarcado, da cisgeneridade heterossexual e classista ao segregar e excluir corpos foram da óptica normativa de gênero, sexualidade, classe e raça. A pesquisa é traçada a partir das tensões, conflitos, táticas, fundamentos e estratégias da força dominante em deslegitimar identidades e fortalecer a perseguição à travesti e mulheres transexuais na cidade. As espacialidades que acentuam o sofrimento, exclusão e interdição desta população no contexto do direito à cidade. O conceito da justiça social e dignidade humana é importante ao abordar a questão para ressaltar a necessidade da busca da universalização dos direitos e redução das desigualdades no contexto das dinâmicas espaciais urbanas.