PPGDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DINÂMICA DO ESPAÇO HABITADO FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: GIBSON MELO DE ALBUQUERQUE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIBSON MELO DE ALBUQUERQUE
DATA : 16/05/2025
HORA: 11:11
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:



COSMOLOGIAS E RITUALIDADES DE UMA NATUREZA SACRALIZADA: SEMEANDO FUTUROS A PARTIR DOS SABERES DAS COMUNIDADES AYAHUASQUEIRAS DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

 ayahuasca; futuro ancestral; cultura acreana;


PÁGINAS: 163
RESUMO:

A pesquisa analisa práticas espaciais e culturais de comunidades da
floresta, que integram elementos cristãos, indígenas e africanos em
suas expressões de religiosidade, destacando-se pelo uso da
ayahuasca — enteógeno compartilhado por povos da América do
Sul. No entanto, essas comunidades são vistas não apenas como
criadoras de cultura e histórias locais, mas também de um modo de
habitar que pode beneficiar a humanidade, especialmente no
contexto pós-pandêmico e perante desastres que atingem o
cotidiano da paisagem, quando nos vemos obrigados a refletir,
dentre outras temáticas, acerca do avanço das cidades e do futuro
do planeta. Para que nossas relações sociais, econômicas e
ambientais sejam mais justas, saudáveis e sustentáveis, seria
possível encontrar, no contexto do uso de plantas sagradas como a
ayahuasca, inspirações para os dias de hoje?
O ponto de partida é a imersão na floresta por meio de extensas
jornadas, que tiveram como meta o acesso a comunidades
existentes no Acre e no Amazonas, responsáveis por influenciar o
surgimento de muitas outras por todo o Brasil. Também se apoia
em um vasto trabalho de busca de fontes sobre as práticas das
comunidades, além da minha própria experiência como acreano.
Tentei explorar outras fontes literárias que não as ligadas à cultura
ocidental de fundo europeu, criando uma circularidade que pode
impulsionar novas atitudes e vivências, em um mundo mais
integrado, pródigo, sensível e experimental. Articulei citações,
mapas, poesias e imagens. Estas últimas não são tratadas como
meras ilustrações e permitem um caminho mais fluido, um passeio
pelas páginas de forma imaginativa e estética, entrecruzando
imagens autorais e de fontes externas, que por vezes assumem a
forma de colagens.

Espera-se que a pesquisa contribua para questões que envolvem a
crítica a modelos de desenvolvimento predadores da natureza.
Vivemos a sexta extinção em massa, e a crise na relação do ser
humano com o ambiente em que se insere aponta para a
necessidade de reavaliar nossa posição no universo e nossa
responsabilidade para com a vida em todas as suas manifestações
— sobretudo em tempos de discursos extremos, acompanhados da
destruição cada vez mais frequente de biomas e simbologias, que

se valem da equivocada assertiva de que proteger a floresta é opor-
se ao desenvolvimento e às cidades.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - ANA CLÁUDIA DUARTE CARDOSO - UFPA
Externo(a) à Instituição - EVERTON DE OLIVEIRA MARALDI - USP
Interno(a) - 1647400 - JULIANA MICHAELLO MACEDO DIAS
Presidente - 1120578 - MARIA ANGELICA DA SILVA
Interno(a) - 1121375 - WALTER MATIAS LIMA
Notícia cadastrada em: 16/05/2025 11:10
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