PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: MARIA DE FATIMA COSTA E SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DE FATIMA COSTA E SILVA
DATA : 02/10/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

O ROMANCE HETERONÍMICO DE LÍNGUA PORTUGUESA:

DESASSOSSEGOS A PARTIR DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES


PALAVRAS-CHAVES:

António Lobo Antunes. Romance português contemporâneo. Heteronímia. Desassossego. 


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Esta pesquisa faz uma leitura teórica e crítica das obras literárias do escritor português António Lobo Antunes (1942-), a fim de conceituar e exemplificar o que consideramos ser, nesta Tese, um romance heteronímico no âmbito das Literaturas de Língua Portuguesa. Observamos, nos romances antunianos publicados a partir dos anos 2000, uma constante necessidade de o autor  trazer, para a arena romanesca, personagens que também são autores/as literários/as — uma heteronímia que incide na obra não apenas pela temática, mas sobretudo pela estética circunscrita na autonomia de um autor-secundário (Bakhtin, 2023), que cria a si, aos seus e ao seu criador — um tal “Lobo Antunes literário” que é mencionado por suas personagens. Para tanto, observamos nos romances Não entres tão depressa nessa noite escura (2000), Eu hei-de amar uma pedra (2004), Ontem não te vi em Babilónia (2006), O meu nome é Legião (2007) e Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar? (2009), uma escrita caótica, experimental, hibrida e polifônica: espelho das angústias de suas personagens, germinando nelas o ímpeto de escrever. Essa “escrita do desassossego”, portanto, faz-se acepção teórica, a partir de Sigmund Freud (1929), Fernando Pessoa (1982) e Ana Medeiros (2017), tendo em vista que o fenômeno da heteronímia, no romance antuniano, mostra-se resultado da literatura desassossegada. Sabemos que analisar a heteronímia romanesca somente se faz possível considerando-se a grande reflexão teórica (e prática) que se formou a partir do fenômeno produzido por Fernando Pessoa, na primeira metade do século XX, em língua portuguesa. Assim, esta pesquisa responde à leitura crítica feita por Casais Monteiro (1985) e Eduardo Lourenço (2017), que interpretam a heteronímia como “fenômeno literário”. Da mesma forma, aludimos à teoria romanesca de Mikhail Bakhtin, compreendida entre os anos de 1919 a 1975, para melhor teorizarmos acerca da categoria do autor e dos cronotopos que sedimentam, no romance polifônico e alteritário, o fenômeno de instâncias autorais aqui discutido. Cumpre destacar que, além dos contributos já elencados, valer-nos-emos dos estudos de Ana Paula Arnaut (2009) e Carlos Reis (2004), dentre outros pesquisadores da fortuna crítica de Lobo Antunes, que incitam o pensamento sobre: autoria, memória e guerra colonial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293059 - ANA CLARA MAGALHAES DE MEDEIROS
Interno(a) - 2088016 - CLEYTON SIDNEY DE ANDRADE
Interno(a) - 2269622 - ROSARIA CRISTINA COSTA RIBEIRO
Interno(a) - 3508522 - SUSANA SOUTO SILVA
Interno(a) - 3060318 - KALL LYWS BARROSO SALES
Externo(a) à Instituição - VINCENZO RUSSO
Externo(a) à Instituição - ERIVELTO DA ROCHA CARVALHO - UnB
Externo(a) à Instituição - MANAÍRA AIRES ATHAYDE - NENHUMA
Externo(a) à Instituição - ANA CLAUDIA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 28/08/2025 07:51
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2025 - UFAL - sig-app-2.srv2inst1 16/09/2025 14:58