PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: ANA LADY DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA LADY DA SILVA
DATA : 30/01/2026
HORA: 09:00
LOCAL: Meet
TÍTULO:

Imagens quase pretas, palavras sempre brancas: a construção do discurso étnico-racial nos livros didáticos de língua portuguesa para o ensino médio

 


PALAVRAS-CHAVES:

Silenciamento, Memória, Corpo, Sujeito, Análise do Discurso Materialista.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A educação pública brasileira atual conta com um importante recurso: o livro didático. É a maior política pública do mundo e mesmo recebendo críticas de muitos setores da sociedade é ainda considerado um instrumento importante no processo de escolarização.  A produção e a distribuição do livro didático surgem com a criação do INL (Instituto Nacional do Livro), em 1937, sendo aprimorada mais tarde, em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a LDB (9394/96). Para esta análise, utilizarei como corpus o livro didático denominado “Objeto 2”, da área do conhecimento “Linguagens e suas Tecnologias”, intitulado “Multiversos: natureza em pauta”, para o Ensino Médio, da editora FTD, 2020, volume 2, aprovado no último PNLD 2021 e usado nas escolas estaduais tanto de Alagoas como de São Paulo. O livro didático, no geral, é composto não apenas de textos, indicações de leituras, exercícios gramaticais ou de orientações de estudo, mas também de imagens, fotografias e representações de corpos. Pretendo assim, neste artigo, embasada no dispositivo teórico da Análise do Discurso Materialista, principalmente, a partir de Pêcheux e Orlandi, analisar a relação entre corpo, sujeito e sentido, partindo da significação de que o corpo está diretamente relacionado à materialidade do sujeito e aos processos de significação que são determinados pela história e pela ideologia, além disso tomarei como base teórica de análise as abordagens sobre o silêncio como aquilo que significa na e pela linguagem (ORLANDI, 2007). Os efeitos de sentido observados nas imagens dos corpos indígenas, brancos e negros que foram veiculadas, no livro didático escolhido, derivam não só da forma como esses corpos se apresentam no nosso imaginário social, por meio do interdiscurso ou memória discursiva, mas também, como a nossa educação ainda é colonizadora, baseada no eurocentrismo, que produziu e ainda reproduz, desde o discurso das cartas de achamento até a atualidade, o mito da Democracia Racial (Nascimento, 2016), o Pacto da Branquitude (Bento, 2022), e o apagamento sócio-histórico e político das etnias que aqui já viviam e as que chegaram poucos anos depois. Orlandi (2008) nos ajuda a entender mais profundamente esse silenciamento quando afirma que o brasileiro não fala, é falado e que o discurso sobre o Brasil ou determina o lugar de que devem falar os brasileiros ou não lhes dá voz.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3145736 - DEBORA RAQUEL HETTWER MASSMANN
Interno(a) - 2360987 - ELIANE VITORINO DE MOURA OLIVEIRA
Interno(a) - ***.119.314-** - ROSANGELA OLIVEIRA CRUZ PIMENTA - UFRPE
Interno(a) - ***.764.434-** - SAMUEL BARBOSA SILVA - IFCE
Externo(a) à Instituição - ROSIMAR REGINA RODRIGUES DE OLIVEIRA - UNIFESSPA
Externo(a) à Instituição - TAÍS DA SILVA MARTINS - UFSM
Externo(a) à Instituição - ANDREA SILVA DOMINGUES - UFPA
Notícia cadastrada em: 13/09/2025 12:56
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