INTERPROFISSIONALIDADE NO ATENDIMENTO À PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM PAULO AFONSO-BAHIA
Autismo, Interprofissionalidade, Atendimento
A pesquisa abordada neste trabalho foi realizada no âmbito do Projeto de Extensão Girassol, associado à Universidade do Estado da Bahia, especificamente no Departamento de Educação, Campus VIII. Este estudo foi conduzido por meio das técnicas de roda de conversa e oficina com o grupo de trabalho do Projeto Girassol, que presta atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na cidade de Paulo Afonso. O estudo investigou as práticas interprofissionais da equipe do projeto por meio de uma roda de conversa e duas oficinas. Baseia-se no aporte teórico das Práticas Discursivas e Produção de Sentido de Mary Jane Spink (2014) e teve como objetivo principal analisar a prática da equipe de profissionais e estagiários no atendimento a pessoas com TEA. As informações geradas, após serem completamente transcritas, possibilitaram a criação dos mapas dialógicos, através dos quais foi possível observar como e o que as pessoas discutiam sobre suas práticas de trabalho. Foram geradas cinco categorias de análise: O que Somos; Nossa História; Atuação Multi/interprofissional; Práticas Colaborativas e Estratégias A pesquisa também fornece um histórico do conceito de TEA, abordando sua evolução desde as primeiras descrições na psiquiatria até as classificações atuais no DSM-5 e no CID-11. Ressalta-se a importância do diagnóstico e intervenção interprofissional devido à complexidade e multifatorialidade do TEA. Nos resultados e discussões, os participantes falaram sobre seus conhecimentos prévios, discutiram conceitos, e refletiram sobre suas práticas de trabalho. Foram enfatizadas estratégias para enfrentar as problemáticas levantadas e a produção de um documento digital que contribuísse para a comunicação, troca de informações e práticas colaborativas da equipe. Nas considerações finais, indicam-se a mudança da percepção da equipe ao longo da pesquisa, a avaliação de suas práticas de atuação, a identificação das dificuldades e a busca por estratégias para melhorar o trabalho. Conclui-se que as práticas colaborativas e interprofissionais são realizadas pela equipe pesquisada e são essenciais para a melhoria e fortalecimento do atendimento a pessoas com TEA, promovendo uma abordagem integral e reflexiva.