PPGNUT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO FACULDADE DE NUTRIÇÃO Teléfono/Ramal: 3214-1158-

Banca de DEFESA: MARCIA DE OLIVEIRA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCIA DE OLIVEIRA LIMA
DATA : 12/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Mini auditório do prédio de materiais do CTEC
TÍTULO:

VARIABILIDADE DO SONO ENTRE DIAS DE SEMANA E FINAIS DE SEMANA: ASSOCIAÇÃO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E CONDIÇÕES CRÔNICAS EM ADULTOS BRASILEIROS


PALAVRAS-CHAVES:

Índice de Massa Corporal; Sobrepeso; Doenças Crônicas; Sono


PÁGINAS: 97
RESUMO:

Paralelamente ao aumento de condições crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão e acidente vascular cerebral, a duração média do sono vem diminuindo nas últimas décadas. Apesar de a obesidade e de doenças metabólicas possuírem etiologia multifatorial, os padrões irregulares de sono (duração, qualidade e regularidade) vêm sendo reconhecidos como fatores de risco para a ascensão dessas condições. Evidências geradas por pesquisas cronobiológicas sugerem que a variabilidade do sono, sobretudo a recuperação do sono no final de semana e o atraso do ponto médio do sono, denominados, respectivamente, como catch-up sleep (CUS) e social jetlag (SJL), pode causar o desalinhamento do sistema circadiano, que por sua vez aumentaria o risco de ganho de peso excessivo e condições crônicas relacionadas à obesidade. Diante disso, este trabalho tem como objetivo investigar a associação da variabilidade da duração e horários de sono no final de semana com o índice de massa corporal (IMC) e condições crônicas. O estudo utilizou dados da pesquisa nacional SONAR-Brasil, que explora aspectos cronobiológicos relacionados ao sono, alimentação e nutrição de adultos brasileiros. Trata-se de uma pesquisa virtual e exploratória. Participaram 2.140 brasileiros, residentes no Brasil, entre 18 e 65 anos, não grávidas. Foram excluídos 90 participantes que trabalhavam à noite ou em turnos, resultando em uma amostra de 2.050 participantes. O recrutamento ocorreu entre agosto de 2021 e setembro de 2022 e os dados foram coletados por meio do formulário Google Forms, integrado por quatro blocos: caracterização, saúde e estilo de vida, características do sono, horários de alimentação e sono. As análises foram realizadas no Software estatístico Stata/IC13. O CUS e SJL foram estudados como variáveis contínuas (em horas) e categóricas (<1 hora, 1–2 horas, >2 horas). Foram realizadas análises de regressão linear e logística para avaliar as associações entre CUS, SJL, IMC e condições crônicas, ajustadas para sexo, idade, cronotipo, exercício físico, escolaridade, qualidade da dieta e duração do sono.Houve uma associação positiva entre SJL e CUS com o IMC. Os efeitos mantiveram-se mesmo após o ajuste para a duração semanal do sono, demonstrando um aumento proporcional à magnitude da variabilidade do sono. Participantes com SJL >2h apresentaram aumento de 2,29 kg/m² no IMC (IC95%: 0,84; 3,74, p: 0,002), 129% mais chances de ter condições crônicas (IC95%: 1,16; 4,52, p: 0,01) e 119% mais chances de estar com sobrepeso (IC95%: 1,20; 3,98, p: 0,01). Indivíduos com CUS >2h apresentaram 78% mais chances de com sobrepeso (IC95%: 1,27; 2,50, p: 0,001) e aumento de 1,61 kg/m² no IMC (IC95%: 0,81; 2,40, p <0,001). Pequenas extensões do sono no fim de semana e variações de apenas 1 hora estão associadas a valores mais elevados de IMC e maiores chances de sobrepeso e condições crônicas. Esses achados sugerem a importância de promover a consistência e regularidade do sono em protocolos clínicos e diretrizes de saúde pública para prevenir e tratar a obesidade e condições relacionadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2033316 - GIOVANA LONGO SILVA
Externo(a) à Instituição - RAPHAELA COSTA FERREIRA LEMOS - Tiradentes
Interno(a) - 1635142 - RISIA CRISTINA EGITO DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 29/01/2025 14:57
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