MEDIDA DA ATIVIDADE FÍSICA DE ADOLESCENTES COM APLICATIVO PARA SMARTPHONE “É MASSA!”: UM ESTUDO DE VALIDAÇÃO
atividade física; Acelerometria; Rastreadores de condicionamento físico; Aplicativos móveis; Estudo de validação
Introdução: A atividade física (AF) na adolescência é relevante, pois está associada a desfechos de saúde de ordem física, mental e metabólica, e pode ser reproduzido na fase adulta. O que justifica monitorar tal comportamento nessa população. Dentre os diversos instrumentos, aplicativos móveis para smartphone (APP) têm sido sugeridos para isso, inclusive a partir da estimativa de passos, que se mostra uma unidade fundamental de movimento humano e tem relações estabelecidas com a saúde. Porém, a validade de APP em adolescentes é inconclusiva. Objetivo: Avaliar a validade de critério do tipo concorrente do APP “É MASSA” na medida da contagem de passos de AF estruturadas e vida livre. Métodos: Pesquisa metodológica com adolescentes de projetos da Universidade Federal de Alagoas. Dividido em Etapa 1: testar a validade APP para estimar passos em AF estruturadas e comparar com observação direta em ambiente de laboratório. Etapa 2: testar a validade do APP para estimar passos de AF em vida livre em comparação com acelerômetros. Utilizaram-se média, desvio-padrão e diferença média dos métodos. A média de passos foi comparada utilizando U de Mann-Whitney. Para análise de concordância, foram utilizados o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e análise de resíduos de Bland-Altman. Na análise de erro, usou-se o erro percentual absoluto médio (MAPE) e erro típico de medida (ETM). Considerou-se intervalo de confiança (IC) de 95% e p = 0,05 nas análises, realizadas no R (4.4.2). Resultados: Foram recrutados 83 adolescentes entre 13 e 19 anos, 67 cumpriram a Etapa 1 e 56 na Etapa 2. Na etapa 1, valores de média e desvio padrão de cadência de passos por estágios variam de 76,1 (8,8) a 167,4 (9,3) passos.min-1 e 76,2 (8,19) – 162, 4 (10,2), para APP e observação direta, respectivamente. A diferença entre as médias variou de p = <0,02 a 0,17. O CCI -0, 05 a 0,82, porém, foi moderado a bom para os estágios 4 e 6km/h (0,54 e 0,82, respectivamente). O viés médio variou de -1,88 a -12,65 passos.min-1. O MAPE variou de 1,99% a 10,30% nas AF avaliadas. Na Etapa 2, a média e desvio padrão da contagem de passos, em média, dos quatro dias de uso, foram de 5389,5 (3107,4) para o APP e 7361,4 (3922,6) para o ACC (p= 0,06). O CCI foi 0, 71 e o viés médio foi -1971,8, MAPE = 26,97%. Conclusão: O APP em atividade estruturada possui validade de critério para medidas passos em comparação com a observação direta, especialmente nas velocidades 4 e 6 km/h. Contudo, possui baixa validade em contexto de vida livre, principalmente, considerando o viés médio e o MAPE, embora tenha demonstrado correlação intraclasse significativa.