INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA DE ALAGOAS: Setores de Energia, Agricultura e Pecuária
Inventário; Gases de Efeito Estufa; Fontes de Emissões; Poluição Atmosférica.
Diante dos grandes desafios que a humanidade encara sobre as mudanças climáticas e a necessidade de delinear e quantificar os impactos, também, de origem antrópica na dinâmica atmosférica, o inventário sobre Gases de Efeito Estufa (GEE) é uma das ferramentas base que fornece dados relevantes para direcionar determinadas políticas públicas, ou ações da sociedade civil, para diminuição das emissões de GEE na atmosfera. Tendo em vista que o Estado de Alagoas tem poucas produções científicas sobre fontes e emissões de GEE, esta pesquisa tem por objetivo elaborar um inventário de Gases de Efeito Estufa dentro do território alagoano para o ano de 2019 utilizando dados do uso da madeira e carvão, transportes rodoviários, pecuária, agricultura e os estoque de CO2 nas Unidades de Conservação (UCs) alagoana. Para tanto, elencou-se os seguintes objetivos específicos: quantificar, nos setores mencionados, as emissões de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), mensurar os estoques de CO2 nas UCs de Alagoas e analisar as principais fontes responsáveis pelas emissões de GEE no território alagoano. Para atingir os objetivos deste trabalho foi realizada, então, uma pesquisa quali-quantitativa organizada nas seguintes etapas: a caracterização do local de estudo, a identificação e seleção das fontes de emissões e seus respectivos GEE e as UCs, definição dos tipos de gases inventariados, triagem e escolha das fórmulas e procedimentos a serem aplicados, delimitação dos coeficientes de fatores de emissão para cada tipo de fonte e gás, realização das estimativas e a apresentação do inventário de GEE em análise comparativa dos dados. Em 2019, desconsiderando a cultura do eucalipto, Alagoas emitiu cerca de 13,8 MtCO2e, dos quais, 75% vieram da criação de animais puxados pelos bovinos, 17% dos transportes rodoviários, 6% do cultivo das culturas temporárias e permanentes, em especial, pelo cultivo da cana de açúcar e 2% do uso da madeira. Sendo evidenciado também os estoques de CO2 nas unidades de conservação das quais a Áreas de Proteção Ambiental são as maiores estocadoras de CO2