ANÁLISE DAS CONCENTRAÇÕES DE CO2 SOBRE DIFERENTES BIOMAS DO
BRASIL: COMPARATIVO DE DADOS DE SATÉLITE E MODELO CAMS
XCO2, OCO-2/3, Biomas, Sensoriamento Remoto, CAMS, Anomalias.
As mudanças climáticas são um desafio global com impactos profundos nos aspectos sociais,
econômicos, ambientais e na saúde humana. Os aumentos de dióxido de carbono atmosférico
(CO2) desde o período pré-industrial são causados por atividades humanas, destacando a
queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra. O nível de CO2 subiu
aproximadamente 50% desde a era pré-industrial, passando de ~278 ppm para mais de 421
ppm em 2024. Os incêndios florestais, naturais ou de origem antropogênica, têm um papel
vital no ciclo global do carbono, liberando gases de efeito estufa, como CO2, CH4 e NOx,
além de aerossóis e materiais particulados. Isso influencia a composição atmosférica e o
equilíbrio térmico em níveis regional e global. No Brasil, as emissões estão ligadas
principalmente ao desmatamento e à conversão de terras para agricultura e pecuária. Biomas
como a Amazônia, Cerrado e Caatinga atuam como sumidouros de carbono, mas enfrentam
ameaças de emissões de CO2. O sensoriamento remoto é crucial no enfrentamento desse
desafio. Satélites monitoram emissões de gases de efeito estufa, identificam fontes e apoiam
estratégias de mitigação. Além disso, fornecem dados sobre a saúde de florestas e
ecossistemas, auxiliando na conservação da biodiversidade. O estudo tem como objetivo
analisar as concentrações de CO2 sobre regiões emissoras nos biomas brasileiros utilizando
dados dos sensores OCO-2 e OCO-3 e do modelo CAMS. Buscamos calcular essas
concentrações, comparar os dados dos satélites com modelos e medições do modelo, e
verificar padrões de anomalias de XCO2 entre 2019 e 2023. Também investigar a concordância
entre sensores e modelo, além de avaliar as limitações das medições de CO2 por satélites no
período analisado.