PPGMET PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: MAYARA CHRISTINE CORREIA LINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAYARA CHRISTINE CORREIA LINS
DATA : 29/08/2025
HORA: 13:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DO MODELO MPAS NA SIMULAÇÃO DE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO NO NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Extremos de chuva. MPAS. Resolução variável. DOLs.


PÁGINAS: 57
RESUMO:

Eventos extremos de precipitação representam um dos maiores desafios para a previsão
meteorológica em regiões tropicais, como o Nordeste do Brasil (NEB), especialmente
devido à complexidade dos processos convectivos e à influência de diversos sistemas
sinóticos e de mesoescala. Neste contexto, o presente estudo avaliou a sensibilidade do
modelo atmosférico Model for Prediction Across Scales (MPAS) na simulação de três
eventos de precipitação extrema (EPE) associados aos Distúrbios Ondulatórios de Leste
(DOLs), ocorridos nos dias 27/05/2017, 28/05/2022 e 07/05/2024, afetando os estados
de Alagoas e Pernambuco. As simulações foram realizadas com duas versões do modelo
(v7.3 e v8.2.2), utilizando grade de resolução variável (60–3 km), centrada nas regiões
afetadas. Foram testadas duas parametrizações de microfísica de nuvens: WSM6
(single-moment) e Thompson (double-moment), ambas aplicadas com o conjunto de
parametrizações convection-permitting. Os resultados das simulações foram
comparados aos dados do produto MERGE/CPTEC, à reanálise ERA5 e às previsões do
modelo operacional Global Forecast System (GFS). A avaliação quantitativa foi
conduzida por meio de métricas estatísticas como viés (BIAS), raiz do erro quadrático
médio (RMSE) e coeficiente de correlação (CC), além da análise da distribuição
espacial da precipitação e da estrutura dos sistemas convectivos com base em imagens
do satélite GOES-16. Os resultados indicaram que o modelo MPAS, especialmente na
versão 8.2.2 com o esquema Thompson, apresentou desempenho superior na simulação
dos eventos, com melhor representação dos núcleos de precipitação intensa e menores
valores de BIAS e RMSE. Em particular, o evento de 2024 apresentou os melhores
resultados, com CC de 0,75 e BIAS negativo, indicando subestimação moderada. Já o
GFS apresentou tendência de superestimar o EPE2 e EPE3 e subestimar o EPE1, com
maiores erros sistemáticos. O ERA5, por sua vez, subestimou consistentemente os
máximos de precipitação, o que pode afetar negativamente a qualidade das simulações
iniciais do MPAS. O estudo demonstra o potencial do MPAS para aplicações em regiões
tropicais, especialmente na simulação de eventos extremos relacionados aos DOLs, e
ressalta a importância de uma escolha criteriosa das parametrizações físicas para
representar adequadamente os processos microfísicos associados à convecção profunda.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - DIRCEU LUÍS HERDIES - USP
Interno(a) - 2347007 - HELBER BARROS GOMES
Presidente - 3060134 - MARIA CRISTINA LEMOS DA SILVA
Interno(a) - ***.179.704-** - MATHEUS JOSE ARRUDA LYRA - UFAL
Externo(a) à Instituição - MÁRIO FRANCISCO LEAL DE QUADRO
Notícia cadastrada em: 25/08/2025 15:05
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