PPGMET PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: KATYELLE FERREIRA DA SILVA BEZERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KATYELLE FERREIRA DA SILVA BEZERRA
DATA : 11/03/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

DINÂMICA DO COMPORTAMENTO DAS QUEIMADAS NA REGIÃO DA AMAZÔNIA LEGAL: UMA ABORDAGEM CLIMATOLÓGICA E DE PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO


PALAVRAS-CHAVES:

Queimadas; aprendizado de máquina; Sensoriamento Remoto


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A floresta tropical amazônica, um dos ecossistemas mais importantes do planeta, cobre uma

vasta área da bacia amazônica. Esta área contém mais da metade das florestas tropicais do

mundo e desempenha um papel crucial na mitigação do aquecimento global como um gigantesco

reservatório de carbono. Historicamente, os incêndios na Amazônia têm estado associados a

eventos de seca e a atividades humanas. No cenário mais contemporâneo, a interligação entre

queimadas, desmatamento e períodos de seca tem resultado em aumentos alarmantes,

especialmente no ano de 2020. Consequentemente, os impactos de longo prazo desses incêndios

na vegetação e no solo ainda precisam ser melhor compreendidos. Em face aos desafios

resultantes das atividades antrópicas, como o aumento do desmatamento e os eventos climáticos

extremos, a Amazônia Legal precisa urgentemente implementar estratégias eficazes de

conservação. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é analisar e ajudar na compreensão do

comportamento do fogo na região da Amazônia Legal entre os períodos de 2012 e 2023. Para

isso, utilizamos o produto Fire Radiative Power (FRP) com resolução espacial de 375m do

instrumento Visible Infrared Imaging Radiometer Suite VIIRS a bordo dos satélites National

Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) NOAA-20 e Suomi National Polar-orbiting

Partnership (SNPP) síncrono ao sol. Na análise de incêndios e clima, foram utilizadas variáveis

meteorológicas de reanálise do ERA5 com resolução horizontal de 0,25°. Os resultados dessa

pesquisa evidenciam padrões distintos entre o estado de Roraima e os demais estados da

Amazônia Legal. O FRP apresentou maior variabilidade entre julho e dezembro, exceto em

Roraima, onde a maior variabilidade ocorreu durante janeiro a junho. Os maiores picos de área

queimada durante os meses de julho a dezembro nas microrregiões de análise ocorreram a partir

de 2020, registrando aproximadamente 8 milhões de hectares em Altamira (PA), seguido por São

Félix do Xingu (PA), com cerca de 7 milhões de hectares, Apuí (AM), com aproximadamente 5

milhões de hectares, e Aripuanã (AM), com cerca de 2 milhões de hectares. Durante os meses de

janeiro a junho, o pico da área queimada ocorreu em 2019, na maioria dos municípios, com

aproximadamente 500 mil hectares em Caracaraí (RR), 300 mil hectares em Mucajaí (RR) e 100

mil hectares em Alto Alegre (RR). Com relação a duração dos fires, os estados do Pará,

Amazonas, Acre e Mato Grosso, apresentaram as maiores intensidades durante os meses de julho

a dezembro, principalmente a partir de 2017, ocorrendo durante os anos de El Niño (2019), como

também em anos de La Niña, como em 2017, 2021 e 2022. A frequência de registros de fire_id

ao longo do período de estudo revelou que o estado do Pará apresentou a maior incidência, com

o município de São Félix do Xingu registrando uma frequência de 12000, Altamira, Itaituba e o

norte de Rondônia apresentando uma frequência de 8000 cada, além disso, nesses municípios, a

maior parte das ocorrências foi atribuída a causas antropogênicas. A análise das variáveis

meteorológicas e da média mensal do NDVI nos meses de julho a dezembro de 2019, indica que

a área de vegetação nas microrregiões analisadas sofreu um declínio significativo, com o NDVI diminuindo de aproximadamente 0.46 em agosto para 0.30 em dezembro, associado à anomalia

de temperatura de aproximadamente - 5°C nos meses de julho a setembro, anomalia de umidade

relativa mais baixa (~ -17 %) principalmente em agosto, com registro da velocidade do vento em

aproximadamente 4 m/s e anomalia de vento mais significativa no estado do Pará (3 m/s),

principalmente em julho e agosto. Embora a umidade relativa tenha aumentado a partir de

outubro, favorecendo uma leve recuperação da vegetação, o NDVI continuou diminuindo,

refletindo os efeitos persistentes do estresse climático ao longo do período analisado. No estado

de Roraima, durante os meses de janeiro a junho de 2019, o NDVI registrou valores médios de

aproximadamente 0.28 em abril, 0.26 em maio e 0.32 em junho, indicando um declínio inicial

seguido por uma recuperação no último mês, associado a altas temperaturas principalmente de

janeiro a abril, com anomalia de temperatura mais intensa em março (-5°C), anomalia de vento

mais intensa nos meses de janeiro e fevereiro (~1.8 - 3.6) e baixa umidade relativa nos primeiros

meses do ano (~45% - 30%), principalmente em março.


MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1846078 - GLAUBER LOPES MARIANO
Presidente - 2347007 - HELBER BARROS GOMES
Externo(a) à Instituição - LEILA MARIA VESPOLI DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 10/03/2025 18:23
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2025 - UFAL - sig-app-3.srv3inst1 09/05/2025 17:20