Comorbidades Psiquiátricas no Transtorno do Espectro Autista: Prevalência de Ansiedade e Depressão entre 2015 e 2025 – Uma Revisão Sistemática
Autismo, Transtornos psiquiátricos, Revisão sistemática.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental complexa que apresenta comportamentos repetitivos e/ou restritivos, bem como dificuldades na interação social e na comunicação. Segundo a Rede de Monitoramento de Autismo e Deficiências do Desenvolvimento (ADDM), em uma amostra populacional dos EUA, 1 em cada 31 crianças de 8 anos foi diagnosticada com TEA, superando a estimativa anterior de 2018 que apontava uma prevalência de 1 em 44. Indivíduos com TEA apresentam altas taxas de comorbidades psiquiátricas, sendo a ansiedade e a depressão as mais comuns. Esses transtornos podem ser agravados por fatores como exclusão social, dificuldades de regulação emocional, sobrecarga sensorial, histórico de bullying, acesso limitado a suporte especializado, bem como pela digitalização do ensino e da comunicação, que influenciam negativamente a socialização e a saúde mental dessa população.O objetivo desta revisão é estimar a prevalência de depressão e de ansiedade em pessoas com TEA e analisar os fatores de risco associados. Foi realizada uma busca na literatura, utilizando as bases de dados: PubMed, Embase, Web of Science e APAPsycNet para a identificação de artigos publicados entre os anos de 2015 e 2025 sobre a ocorrência de ansiedade e/ou depressão em pessoas diagnosticadas com autismo. Todas as buscas foram filtradas pelo software da web Rayyan para melhor organização e compreensão dos resultados. Para a avaliação do risco de viés, as ferramentas JBI e ROBBINS-I serão testadas a fim de determinar qual é a mais apropriada para os estudos incluídos nesta revisão. Foram obtidos um total de 2273 artigos, destes, 940 duplicatas foram excluídas, resultando em um total de 1333 que, após análises com critérios de exclusão pré-estabelecidos, apenas 133 passaram para as etapas seguintes de triagem para inclusão no estudo e extração de dados. Os achados podem evidenciar elevada prevalência de comorbidades psiquiátricas em pessoas com TEA e reforçar a necessidade de triagem sistemática e de intervenções integradas efetivas.