Avaliação da eficácia de técnica sorológica no diagnóstico de Schistosoma mansoni em comparação com métodos convencionais em áreas endêmicas de Alagoas, Brasil
ELISA, Esquistossomose, Parasitose, Diagnóstico.
A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária causada grave, causada por helminto Trematódeos, da espécie Schistosoma mansoni e ainda representa um problema relevante de saúde pública no Brasil, especialmente no Nordeste. Em áreas endêmicas, muitos infectados apresentam baixa carga parasitária, o que exige métodos diagnósticos mais sensíveis para evitar falsos negativos e melhorar a detecção da infecção. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o uso de uma técnica sorológica para o diagnóstico da esquistossomose em duas áreas endêmicas do estado de Alagoas. Técnicas mais sensíveis ajudam a identificar casos com baixa carga parasitária. Isso permite reconhecer infecções ocultas em áreas historicamente endêmicas de Alagoas. Com isso, é possível implementar medidas mais eficazes de controle da esquistossomose. Nesse sentido, a amostragem do estudo foi proveniente de regiões endêmicas, na comunidade de Vila Nova, Viçosa-AL, e no bairro Vergel do Lago, Maceió-AL. Foram coletados fezes e sangue dos participantes que se dispuseram a participar do estudo e assinaram o TCLE. Para analisar as amostras de fezes foram utilizadas as técnicas de Kato Katz, HPJ e Helmintex. O soro foi utilizado para avaliar a dosagem de IgG4 para os antígenos SEA e SWAP pela técnica de ELISA, e CBA para análise de citocinas por citometria de fluxo. Em Vila Nova a positividade para S. mansoni foi de 67,12 % enquanto em Vergel ela foi de 24,17%. Já pelo ELISA, a reatividade do IgG4 aos antígenos SEA e SWAP entre os participantes de Vila Nova apresentou uma sensibilidade de 46,94% e 53,06% e especificidade de 68,75% e 39,58%, respectivamente. Nos participantes do Vergel do Lago a sensibilidade foi 59,09% e 45,45% e especificidade de 62,32% e 65,22%, para SEA e SWAP, respectivamente. Os resultados da análise de citocinas, demonstrou que só nos participantes da localidade Vergel, os níveis de TNF estão aumentados nos participantes positivos para S. mansoni, quando comparados como os participantes negativos. Desse modo, conclui-se que o ELISA apresentou maior sensibilidade para o diagnóstico de S. mansoni em comparação ao Kato-Katz. No entanto, o Kato-Katz foi superior em especificidade. Dessa forma, a combinação de diferentes métodos pode oferecer um diagnóstico mais preciso, especialmente em áreas de baixa transmissão.