Riqueza de peixes e funções ecossistêmicas em habitats estuarinos tropicais
Os processos que levam à montagem das comunidades são responsáveis pelas diferenças da composição de espécies e por consequência nas funções ecossistêmicas nessas comunidades. Em ecossistemas estuarinos a composição e o estabelecimento de espécies são limitados principalmente pelas mudanças na salinidade que respondem às mudanças sazonais da pluviosidade. Além disso a complexidade habitats em estuários proporciona um mosaico funcionalmente conectado facilitando o movimento de indivíduos e diferenças na composição de espécies. Assim, o objetivo de testar se existe a complementaridade funcional espacial e temporal entre os habitats praia, mangue e capim em estuários do Atlântico sul tropical. A abundância e riqueza dos guildas e uso de habitat foram maiores durante o período de chuvas, no entanto, a contribuição funcional dos estuarinos foi maior durante a seca e no mangue. A contribuição funcional em relação as guildas tróficos também apresentou diferenças em relação à pluviosidade, de forma os piscívoros e carnívoros tiveram maior contribuição em períodos chuvosos na praia. A trajetória da riqueza de espécie e função ecossistêmica variou de cíclica nos três habitats influenciada principalmente pelos ciclos de chuvas apresentando os menores valores durante a estação seca. Os habitats estuarinos apresentam diferentes composições quanto a sua função, demonstrando assim sua complementaridade funcional e a necessidade e manutenção da conectividade de habitats que mantem o mosaico estuarino.
Sazonalidade, habitats estuarinos, função ecossistêmica.