RESPOSTAS DE CORAIS PÉTREOS A ESTRESSORES AMBIENTAIS EM ÁREA MARINHA PROTEGIDA
Biomarcadores. Estresse oxidativo. Recifes de corais. Área de Proteção Ambiental.
Os recifes de corais são ambientes ricos em biodiversidade, importantes para conservação e manutenção de outras espécies da comunidade recifal, por fornecer alimento, proteção, locais de reprodução, além de fornecimento de bens e serviços para manutenção de comunidades tradicionais e economia regional das populações humanas que também dependem desse sistema. Apesar disto, os recifes vem sofrendo com impactos globais e locais, que causam desequilíbrio nessas comunidades. O objetivo deste trabalho foi e testar as seguintes hipóteses: 1) zonas recifais abertas à atividade humanas como pesca e turismo possuem menor cobertura coralínea do que zonas fechadas. E 2) o nível de atividade de enzimas antioxidantes é maior em zonas recifais abertas do que em zonas fechadas. Estas hipóteses foram testadas avaliando e caracterizando a pluma dos rios com desembocadura próximas aos recifes, calculando o percentual de cobertura bentônica, e coletando amostras de colônias de corais pétreos, Mussismilia harttii (Verril 1868) e Siderastrea sp., para posterior análise da atividade antioxidante das enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), e Glutationa-S-Transferase (GST), além dos níveis do produto da peroxidação Lipídica, o malondialdeído (MDA), relacionadas ao estresse oxidativo. Verificou-se que a pluma de sedimentos não teve influência nos recifes estudados, e que a cobertura bentônica apresentou diferenças entre zonas em termos de composição e abundância de grupos funcionais, e similaridade maior entre as ZV e ZPVM, enquanto para a cobertura coralínea, a ZV apresentou maior taxa (9,33%). Quanto a resposta aos estressores, a atividade da CAT foi mais alta pra M. harttii na ZPVM que nas outras zonas. Para Siderastrea sp. os valores foram significativamente diferentes apenas entre espécimes saudáveis e branqueadas, no qual indivíduos branqueados apresentaram maior atividade enzimática de GST e maiores quantidades de MDA produzido. Ambas as hipóteses foram rejeitadas. Conclui-se que as atividades de turismo e pesca podem não ser os principais estressores que influenciam a comunidade bentônica nestes recifes.