Montagem de comunidades de peixes em estuários tropicais: Uma abordagem filogenética e funcional
Nicho trófico; Amplitude de nicho; Sinal Filogenético
As semelhanças ecológicas entre espécies são geralmente atribuídas a uma história evolutiva comum, identificada através do sinal filogenético, indicando que espécies intimamente relacionadas exibem maior semelhança em traços ecológicos do que espécies não relacionadas. Nesse contexto, apesar das evidências de que a abordagem filogenética é promissora para entender a montagem de comunidades, ainda há muitas questões a serem exploradas, como sob uma perspectiva trófica para espécies predadoras. Um total de 40 espécies de peixes foram estudadas, com composição de espécies consistente entre as estações. No entanto, a variabilidade e densidade alimentar foram maiores na estação chuvosa. A maioria das espécies exibiu valores baixos de amplitude de nicho, exceto algumas com dietas mais amplas. Os níveis tróficos variaram, com algumas espécies mostrando especialização alimentar significativa. Observou-se um sinal filogenético para o comprimento máximo e especialização individual, mas não para a amplitude de nicho trófico ou nível trófico. Nossos achados revelam interações filogenéticas complexas entre os traços tróficos dos peixes tropicais, com comprimento máximo e especialização alimentar individual mostrando sinais filogenéticos, enquanto a amplitude e nível de nicho trófico não, indicando que fatores além das relações evolutivas influenciam significativamente esses traços.