Banca de QUALIFICAÇÃO: SHEILA OLIVEIRA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SHEILA OLIVEIRA DE SOUZA
DATA : 12/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Runiões do IQB
TÍTULO:

Impactos do acetato de fenilmercúrio nos eritrócitos humanos leva a alterações estruturais e funcionais na
hemoglobina.


PALAVRAS-CHAVES:

Metais tóxicos; Fenilmercúrio; Espécies reativas de oxigênio; Hemoglobina


PÁGINAS: 58
RESUMO:

A contaminação por metais tóxicos, como mercúrio e fenilmercúrio, representa um sério risco à saúde humana e ao meio ambiente. O mercúrio, presente em formas inorgânicas e orgânicas, pode ser liberado na natureza por atividades industriais, mineração e uso de combustíveis fósseis, acumulando-se em organismos vivos e causando neurotoxicidade e danos renais. O fenilmercúrio, um composto orgânico de mercúrio, utilizado em fungicidas, pesticidas, antissépticos e conservantes, sendo altamente tóxico mesmo em baixas concentrações. A exposição a esses compostos pode resultar em efeitos adversos como distúrbios neurológicos, problemas de desenvolvimento em crianças, e comprometimento do sistema imunológico. Os eritrócitos, hemácias ou glóbulos vermelhos, são células essenciais do sangue que desempenham um papel crucial no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos corporais e no retorno do dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões. Estas células são ricas em hemoglobina, uma proteína complexa composta por quatro subunidades, cada uma contendo um grupo heme com um átomo de ferro central. A hemoglobina se liga ao oxigênio de forma reversível, permitindo a eficiente entrega de oxigênio aos tecidos e a remoção de dióxido de carbono. No entanto, a exposição a metais tóxicos pode provocar diversas alterações nas proteínas, principalmente devido à geração de espécies reativas de oxigênio (EROs). Essas EROs podem danificar proteínas, lipídios e DNA, comprometendo suas funções e contribuindo para várias patologias. Em
nosso estudo, buscamos avaliar as alterações ocorridas nos eritrócitos expostos ao fenilmercúrio. Observamos uma redução na capacidade de captação de oxigênio, resultado da afinidade do mercúrio por grupos sulfidrilas ou tiol, presentes em várias biomoléculas, incluindo a hemoglobina. Essa afinidade provoca modificações estruturais na ligação entre a hemoglobina e o oxigênio, resultando em alterações em sua funcionalidade. Também detectamos um aumento significativo na produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio por meio de sondas fluorescentes. As enzimas antioxidantes, responsáveis pela redução dos EROs, demonstraram um aumento na atividade da superóxido dismutase (SOD), que catalisa a reação de dismutação do ânion radical superóxido em peróxido de hidrogênio, indicando uma resposta adaptativa ao estresse oxidativo induzido pelo fenilmercúrio. No entanto, observamos uma diminuição nas atividades da catalase (CAT) e da glutationa peroxidase (GPx) nos eritrócitos expostos ao fenilmercúrio, sugerindo que o mercúrio pode formar complexos com o selênio em enzimas dependentes desse elemento, como a GPx, reduzindo sua atividade. A avaliação de marcadores secundários de estresse oxidativo, como MDA, LPO, GSH e GSSG, revelou danos em proteínas e lipídios.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2022362 - ANA CATARINA REZENDE LEITE
Interno(a) - 1820117 - ISIS MARTINS FIGUEIREDO
Interno(a) - 1613338 - JOSUE CARINHANHA CALDAS SANTOS
Externo(a) ao Programa - 1974414 - OLAGIDE WAGNER DE CASTRO - null
Notícia cadastrada em: 03/07/2024 17:44
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