Aprimoramento de Impressões Digitais Latentes Usando Nanopartículas Fluorescentes Baseadas em Sílica Mesoporosa Modificada com Quitosana
Impressões digitais latentes; Nanomateriais; Sílica mesoporosa; Quitosana; Lipofilicidade
O método de pó para impressões digitais é o método convencional mais utilizado no mundo inteiro para a revelação de impressões digitais latentes devido à algumas vantagens como simplicidade, rapidez, fácil manuseio e possibilidade de aplicação na cena do crime. Contudo, os pós tradicionais, apesar de grandes avanços, ainda apresentam algumas desvantagens ou limitações principalmente relacionadas a baixo contraste e baixa sensibilidade. Nos últimos anos, a fim de superar essas limitações, a pesquisa forense, aliada à nanotecnologia, tem voltado bastante atenção para o desenvolvimento de nanopós fluorescentes como uma alternativa aos pós convencionais para a revelação de impressões digitais latentes. Dentre os diversos tipos de nanomateriais que vêm sendo desenvolvidos, como quantum dots, carbon dots e nanomateriais dopados com lantanídeos, os nanomateriais fluorescentes baseados em matriz de sílica mesoporosa têm sido apontados como um dos mais promissores devido a uma série vantagens como alta estabilidade de fluorescência, tamanho controlado, alto volume de poros, baixa toxicidade e fácil modificação superficial. Recentemente, também tem sido relatado que a hidrofobicidade ou lipofilicidade é um parâmetro importante para o mecanismo de detecção de impressões digitais, pois elas têm os lipídeos como o seu principal componente orgânico. Nesse sentido, a modificação superficial de nanopartículas de sílica mesoporosa com moléculas ou grupos funcionais hidrofóbicos tem se tornado uma importante ferramenta para a detecção de impressões digitais latentes ao permitir uma maior afinidade entre o agente revelador e os componentes lipídicos da impressão digital. A quitosana, um biopolímero de elevado potencial bioadesivo, já foi relatada como um agente modificador de superfície capaz de aumentar a lipofilicidade de nanopartículas de sílica mesoporosa, porém, não há nenhum relato na literatura da investigação desse tipo de nanomaterial em aplicações forenses. Assim, levando em consideração tudo o que foi exposto, esse trabalho teve por objetivo sintetizar nanopartículas fluorescentes baseadas em sílica mesoporosa modificada com quitosana, a fim de avaliar o efeito dessa modificação no aprimoramento de impressões digitais latentes sobre diferentes substratos não porosos.