SÍNTESE DE CUMARINAS E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADE: LARVICIDA, ANTIMICROBIANA E ANTIOXIDANTE
Síntese, Cumarinas; Aedes aegypti; Inseticidas Bioativos e Toxicidade.
A cumarina é um composto orgânico heterocíclico inserido na classe das benzopirona e de origem natural se destaca por sua versatilidade e uma ampla gama de aplicações biológicas. A ocorrência de epidemias ocasionadas por arboviroses recentes reforça o apelo à ação contra essas doenças virais e a necessidade de ferramentas de controle de vetores. Atualmente, o controle do vetor se dá pelo uso de inseticidas, entretanto, muito deles apresentam alta toxicidade e resistência larvicida. O uso de cumarinas como larvicidas apresenta-se como alternativa aos métodos convencionais de controle de mosquitos. O estudo in silico foi realizado utilizando enzimas homólogas a AchE e GSTs. Os compostos A1 e A3 apresentaram os melhores valores de pontuação para as enzimas AChE e GST, respetivamente. Os bioensaios foram realizados sob uma abordagem qualitativa, empregando-se larvas do quarto instar. Os resultados da avaliação larvicida apontam que apenas o derivado C3 apresenta potencial como larvicida. O aumento na incidência de infecções causadas por fungos demonstra a importância desse tópico para a saúde global, uma vez que diversas espécies estão associadas a inúmeras doenças. Diversos compostos de origem natural foram estudados como agentes antimicrobianos e antioxidantes naturais, entre eles as cumarinas. Os derivados de cumarina sintetizados foram avaliados quanto a sua atividade fungicida, apenas o derivado A1 apresentou atividade fungiestática frente ao C. albicans. Quanto a sua atividade frente ao C. neoformans, os derivados A1 e A3 foram classificados como fungicida nas concentrações de 400 e 200 μg, o derivado C1 apresentou comportamento fungiestático na concentração de 400 μg. A oxidação em sistemas biológicos ocasionada por radicais livres é responsável por efeitos destrutivos em estruturas como proteínas, DNA e lipídios, o desequilíbrio dessas espécies resulta em um estresse oxidativo. Dessa forma, substâncias antioxidantes tem papel fundamental como fator de proteção a saúde. No ensaio DPPH apenas os derivados A3 e C3 apresentaram atividade, com IC50 (µM) de 171,76 ± 1,94 e 7,47 ± 0,22 respectivamente. No ensaio SOD, o derivado C3 apresentou atividade similar a Quercetina, com IC50 (µM) de 55,26 ± 1,84. Para a analise de HOCl, o derivado A2 apresentou o melhor resultado, com IC50 (µM) de 35,34 ± 0,04.