SEGUROS, INSTITUIÇÕES E RESILIÊNCIA ECONÔMICA: UMA META-REGRESSÃO GLOBAL SOBRE OS MODERADORES DO CRESCIMENTO FINANCEIRO SUSTENTÁVEL
Seguro; Instituições; Crescimento Econômico; Resiliência; Meta-regressão; Desenvolvimento Financeiro.
A interação entre o desenvolvimento do mercado de seguros, a qualidade das instituições e o desempenho econômico constitui um dos pilares da estabilidade e da resiliência das economias modernas. Esta dissertação investiga, por meio de uma meta-regressão global, de que forma o seguro atua como moderador na relação entre crescimento financeiro e resiliência econômica sustentável, considerando as diferenças estruturais entre países e estágios de desenvolvimento. A pesquisa aplica uma Revisão Sistemática de Literatura Quantitativa (RSLQ), baseada nos protocolos PRISMA (2020) e Tranfield, Denyer e Smart (2003), com o objetivo de sintetizar evidências empíricas de estudos observacionais em Economia e Gestão publicados entre 2000 e 2025. O estudo padroniza tamanhos de efeito e variâncias, estima médias ponderadas por variância inversa em modelos de efeitos aleatórios e analisa a heterogeneidade por meio das estatísticas Q de Cochran, I² e τ², complementando com testes de viés de publicação (Egger e trim-and-fill). As hipóteses abordam o efeito principal do seguro sobre o crescimento econômico, sua amplificação por instituições mais robustas, a diferenciação entre ramos de seguro (vida e não vida), a presença de não linearidades e limiares e os efeitos condicionais em períodos de choques financeiros, climáticos ou sanitários. Os resultados esperados incluem a estimação do efeito médio global e a identificação de moderadores institucionais e setoriais que explicam a heterogeneidade dos achados entre economias desenvolvidas e emergentes. Teoricamente, o trabalho contribui ao consolidar um campo de pesquisa ainda fragmentado, integrando literatura institucional e financeira em um modelo comparável e cumulativo. No plano aplicado, fornece parâmetros empíricos úteis para políticas regulatórias, de solvência e estabilidade macroeconômica, destacando o papel do seguro como amortecedor de choques e catalisador de investimentos produtivos. A relevância social é evidenciada pelo potencial de sistemas seguradores bem regulados em reduzir vulnerabilidades, preservar renda e ampliar a resiliência econômica de populações e empresas, fortalecendo o desenvolvimento sustentável em longo prazo.