A INFANTILIZAÇÃO DO IDOSO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE À LUZ DA TEORIA DA AÇÃO PLANEJADA
O aumento do contingente populacional de idosos é um fenômeno global. Envelhecer é intrínseco ao desenvolvimento do ser humano, mas uma parcela dessa população é acometida por alterações funcionais e psicológicas. Essa situação repercute em novas demandas aos serviços públicos e privados de saúde, com o intuito de promover uma atenção digna à saúde da população sênior. Segundo Butler, o ambiente de saúde é um meio para transmissão e prevalência de estereótipos de idade. Nesse contexto, surge a o preconceito de idade ou ageismo que pode ser entendido como atitudes e comportamentos baseados em estereótipos de idade. Assim, uma das expressões mais sutis e socialmente aceitas desse preconceito é a infantilização, que consiste na visão errônea de semelhança entre idosos e crianças. O presente trabalho tem como objetivo analisar as crenças dos profissionais de saúde sobre a intenção de infantilizar o paciente idoso com base na Teoria da Ação Planejada; além disso, elaborar e avaliar as propriedades psicométricas de um instrumento sobre a Intenção de Infantilizar o Idoso por Profissionais de Saúde; e, por fim, analisar a relação entre o instrumento criado e a Escala de Idadismo Ambivalente. A dissertação é composta por três capítulos, que correspondem a três artigos. O primeiro capítulo trata de uma revisão sistemática de literatura sobre o ageismo nos cuidados de saúde realizada em 6 bases de dados, com artigos publicados nos últimos 10 anos. O segundo capítulo é uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa. Serão realizadas entrevistas semiestruturadas com 45 profissionais de saúde, seguindo os pressupostos teóricos da TAP, com o objetivo de analisar as crenças comportamentais, normativas e de controle dos profissionais de saúde diante da intenção de infantilizar o idoso. Já o terceiro é referente aos aspectos quantitativo e inferencial, nos quais as crenças elucidadas no capítulo II serão base para criação de um instrumento. Isso com o objetivo da construção e da validação do intrumento sobre A Intenção de Infantilizar o Idoso por Profissionais de Saúde e da avaliação das suas propriedades psicométricas. A aplicação desse instrumento será associada à aplicabilidade da Escala de Ageismo Ambivalente, a qual faz a distinção entre o ageismo positivo e negativo. Os resultados esperados são identificar quais crenças estão relacionadas ao intento de infantilização, à criação e à validação da Escala de Atitudes para Profissionais de Saúde sobre a Infantilização do idoso e aos constructos com a Escala de Ageismo Ambivalente.
Ageismo; Assistência à Saúde; Teoria da Ação Planejada; Idosos