AMOR[TE] NA ESCRITA MACHADIANA
Escrita machadiana; Amor; Morte; Mal-estar
No alto do Morro do Livramento o escritor Machado de Assis se tornou um observador agudo da vida brasileira, construindo ao longo de sua trajetória na arte escrita um empreendimento literário imprescindível para a escrita literária na América. Diante da multiplicidade de leituras possíveis quanto do referido escritor, a pesquisa aborda a escrita machadiana tendo como ponto de partida e objeto as Memórias Póstumas de Brás Cubas. Procura-se com o estudo sublinhar uma possibilidade de análise na qual a pulsação criativa e a crítica machadiana se traduzem em uma escrita que opera com enigmas do amor e da morte em uma articulação que conflui para o mal-estar. Nesse percurso, discute-se que através da escrita de Machado de Assis acessamos, pela literatura, uma via que nos permite discutir o Eros de Platão menos do lado da simetria de uma união e mais da efusão de pulsões sexuais que estabelecem na própria escrita os seus efeitos. O Bruxo do Cosme Velho não arquiteta isso de outra forma senão apresentando em uma obra literária difusa um fragmento de amor que começa com a morte.