Banca de DEFESA: JOSIEL DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSIEL DOS SANTOS SILVA
DATA : 26/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: IGDEMA
TÍTULO:

ANÁLISE E INFLUÊNCIA DA HIDROCLIMATOLOGIA E DO BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO NA COBERTURA VEGETAL DO ESTADO DE ALAGOAS, NORDESTE DO BRASIL

ANÁLISE E INFLUÊNCIA DA HIDROCLIMATOLOGIA E DO BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO NA COBERTURA VEGETAL DO ESTADO DE ALAGOAS, NORDESTE DO BRASIL

PALAVRAS-CHAVES:

Climatologia. Recurso Hídrico. Precipitação. Evapotranspiração.

PÁGINAS: 80
RESUMO:

A relação oferta (precipitação) e demanda (evapotranspiração) hídrica são componentes centrais necessários para entender as repercussões ambientais em escala regional. No semiárido brasileiro, a evapotranspiração potencial (ETP) supera a precipitação na maior parte do ano, o que aumenta a deficiência hídrica no solo. Diante disso o objetivo principal deste trabalho foi contabilizar e analisar a influência do Balanço Hídrico Climatológico (BHC) na cobertura vegetal do estado de Alagoas. Para isso, utilizou-se um banco de dados mensais de precipitação e ETP, no período de 1961 a 2020 (60 anos) e com uma resolução espacial de 0,1° x 0,1° e dados do Índice de Vegetação Melhorado (EVI). De posse dos dados, aplicou-se estatísticas descritivas e inferencial para analisar dos dados de precipitação e ETP nas escalas mensais, anuais, decenais e por normais climatológicas (1961-1990 e 1991-2020). Para o cômputo do BHC foi adotado o método de Thornthwaite e Mather (1955), considerando a Capacidade de Água Disponível no solo (CAD) de 100 mm. Os testes de Mann-Kendall, Sen e Pettitt foram aplicados para verificar, respectivamente, se há tendência, a magnitude e o início da tendência, nas séries temporais de precipitação e ETP. A correlação de Pearson foi utilizada para estimar a correlação linear entre as variáveis do BHC e o EVI, nas estações seca, chuvosa e anualmente. Verificou-se que a precipitação apresentou uma elevada irregularidade, espacial e temporal, com curto período chuvoso (3 a 5 meses) e maiores quantitativos de precipitação na faixa litorânea. Por outro lado, a ETP apresentou menores variabilidades e os maiores quantitativos concentraram-se no Sertão alagoano. Observou-se ainda que as décadas mais recentes (1990, 2000 e 2010) foram as menos chuvosas, consequentemente a Normal Climatológica de 1961-2020 foi a mais seca. Para o BHC, foi identificado que, em termos médios, só há excedente hídrico na porção leste do estado (maio a agosto), cujo armazenamento hídrico diminui à medida em que avança para o oeste do estado de Alagoas, de acordo com a metodologia de Thornthwaite e Mather, o estado possui 4 tipos climáticos, predominando a leste os climas úmido e subúmido, e a oeste os climas subúmido seco e semiárido, 47% dos municípios alagoanos apresentam classificação climática diferente no período de 1991 a 2020 comparado a 1961 a 1990, com predomínio de mudança para climas mais secos. Há tendências de diminuição da precipitação no extremo oeste do estado na estação chuvosa, nas estações de transição e anualmente. Também há tendências crescentes da ETP na região. As correlações entre o EVI e as variáveis do BHC foram mais intensas e significativas nas regiões com clima subúmido seco e semiárido, com destaque para o déficit hídrico. Conclui-se que o BHC para o estado de Alagoas possui alta variabilidade, no tempo e no espaço, com limitações hídricas importantes na porção oeste. Alerta-se que essas limitações podem estar sendo intensificadas com a diminuição da precipitação nas décadas e normal climatológica mais recentes em todo estado, portanto, tais resultados são úteis para o gerenciamento e manejo da água em diversos setores do meio ambiente e da sociedade.

MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) ao Programa - 1253797 - HELDER JOSE FARIAS DA SILVA - nullPresidente - 1292888 - JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR
Interno(a) - 1574934 - NIVANEIDE ALVES DE MELO FALCAO
Externo(a) à Instituição - REBECCA LUNA LUCENA - UFRN