OS IMPACTOS DO PERÍODO DE INUNDAÇÃO DO RIO MUNDAÚ PARA A CIDADE DE SANTANA DO MUNDAÚ EM ALAGOAS/BR
Vulnerabilidade social; Inundações; Ordenamento territorial; Gestão de riscos.
Esta pesquisa investiga os impactos das inundações recorrentes no município de Santana do Mundaú, localizado na Zona da Mata de Alagoas, enfatizando a relação entre a dinâmica fluvial do rio Mundaú e a ocupação territorial urbana e rural. Fundamentada nos conceitos de território usado e vulnerabilidade socioambiental. A abordagem teórica considera a urbanização desordenada e a ocupação irregular às margens do rio como processos historicamente vinculados à ausência de políticas eficazes de ordenamento territorial e gestão de riscos, potencializando a exposição das populações a eventos hidrometeorológicos extremos. O problema central consiste em compreender como a organização territorial influencia a vulnerabilidade socioespacial e a reorganização do espaço geográfico após eventos de inundação. E assim, analisar as formas de uso e apropriação do solo em áreas de risco. Desse modo, o objetivo consiste em analisar os impactos das inundações na configuração territorial de Santana do Mundaú, identificando os fatores estruturais e sociais que contribuem para a vulnerabilidade e propondo diretrizes para mitigação e resiliência. A metodologia adotada é fundamentada no materialismo histórico-dialético, combinando revisão bibliográfica, levantamento e análise de dados secundários (IBGE, IPEA, SEBRAE), cartografia temática, observação de campo, registro fotográficos e consulta aos documentos de representantes do poder público. Os resultados parciais indicam que a ocupação irregular das áreas inundáveis decorre de processos históricos de marginalização social, associada à pressão por moradia em setores economicamente fragilizados, resultando na degradação ambiental, na redução das áreas de infiltração e no agravamento da frequência e intensidade das inundações. Os elementos reforçam a necessidade de estratégias adaptativas que conciliem justiça socioambiental, reestruturação urbana e fortalecimento das capacidades locais de enfrentamento aos desastres hidrológicos.