Banca de QUALIFICAÇÃO: STEPHANNIE JANAINA MAIA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : STEPHANNIE JANAINA MAIA DE SOUZA
DATA : 24/03/2025
HORA: 13:00
LOCAL: Online (Google Meet) Link: https://meet.google.com/xat-vdmj-hyp
TÍTULO:

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL DE CONSTITUINTES DA PRÓPOLIS VERMELHA BRASILEIRA CONTRA O VÍRUS CHIKUNGUNYA IN VITRO


PALAVRAS-CHAVES:

Vírus Chikungunya, antiviral, própolis vermelha brasileira.


PÁGINAS: 104
RESUMO:

Arboviroses são infecções causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes e são tipicamente caracterizadas por doença febril aguda. Entre os vários arbovírus, aqueles transmitidos por mosquitos do gênero Aedes sp. são particularmente significativos, especialmente infecções causadas pelo vírus Chikungunya (CHIKV). Nos últimos anos, surtos desse arbovírus ocorreram, tendo como principal sintoma, uma poliartralgia persistente, que pode durar meses ou até anos. Atualmente, não há tratamentos antivirais licenciados disponíveis para esse vírus. Neste contexto, o presente estudo avaliou a atividade antiviral de 12 constituintes da própolis vermelha brasileira (BRP) (biochanina A, ácido p-cumárico, pinocembrina, hidrato de catequina, formononetina, cumarina, ácido cafeico, isoliquiritigenina, ácido ferúlico, ácido 2- cumárico, daidzeína e crisina) contra CHIKV in vitro. Inicialmente, ensaios de citotoxicidade e triagem antiviral foram realizados por meio do ensaio de viabilidade celular MTT com cada composto individualmente na concentração de 50 μM. Os compostos promissores identificados foram testados em diferentes concentrações (3,12 a 400μM) para determinar os valores de concentração máxima não tóxica (CMNT), CC50, EC50 e índice de seletividade (IS). Para compostos com o maior IS, a porcentagem de células positivas para CHIKV foi determinada por citometria de fluxo intracelular, e os sobrenadantes das células foram coletados para quantificar o número absoluto de cópias de RNA viral por RT‒qPCR. Além disso, um ensaio de tempo de adição foi conduzido para avaliar a atividade antiviral em diferentes momentos antes ou depois da adsorção viral. Análises in silico de docking molecular foram realizadas para identificar potenciais interações entre esses compostos e alvos moleculares do CHIKV. Dos 12 compostos avaliados, 6 demonstraram atividade antiviral em ensaios de triagem (biochanina A, pinocembrina, hidrato de catequina, formononetina, isoliquiritigenina e crisina). Entre esses compostos, isoliquiritigenina (IS= 4,87) e hidrato de catequina (IS = 18,31) foram os mais promissores, apresentando elevados índices de seletividade e redução da porcentagem de células infectadas (CHIKV+). Na quantificação do número de cópias de RNA viral, o grupo controle não tratado infectado com CHIKV apresentou 3,2 × 106 cópias de RNA viral, enquanto a isoliquiritigenina reduziu esse número para 9,4 × 104 cópias, e o hidrato de catequina o reduziu para 4 × 104 cópias de RNA viral. No ensaio de tempo de adição, os compostos não exibiram atividade antiviral significativa -2 h ou durante a adsorção viral (0 h). No entanto, ambos demonstraram atividade antiviral promissora quando adicionados até 8 horas após a adsorção viral. As análises in silico sugerem fortes interações entre esses dois compostos e a proteína nsP3 do CHIKV. Em resumo, os constituintes da BRP, isoliquiritigenina e hidrato de catequina, apresentaram atividade antiviral significativa contra CHIKV in vitro, contribuindo para o desenvolvimento futuro de novos agentes antivirais bioativos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1612086 - ENIO JOSE BASSI
Interno(a) - 2089586 - FRANCIS SOARES GOMES
Interno(a) - 3061390 - LEONARDO BROETTO
Externo(a) ao Programa - 1974414 - OLAGIDE WAGNER DE CASTRO - UFALExterno(a) à Instituição - VINICIUS DE ANDRADE OLIVEIRA - UFABC
Notícia cadastrada em: 17/03/2025 08:32
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