PADRÕES DE USO DE MEDICAMENTOS E SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ENTRE PROFISSIONAIS DE FARMÁCIA: UM ESTUDO QUANTITATIVO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Substâncias psicoativas; Medicamentos Psicotrópicos; Profissionais de Saúde; Toxicologia.
O uso de substâncias psicoativas representa um relevante desafio de saúde pública, não apenas entre estudantes e populações vulneráveis, mas também entre profissionais de saúde. Estes trabalhadores, expostos a fatores de risco específicos, como sobrecarga de trabalho, estresse ocupacional e acesso facilitado a medicamentos controlados, podem desenvolver padrões de uso que comprometem tanto a própria saúde quanto a segurança dos pacientes. Esta dissertação teve como objetivo analisar o padrão de uso de substâncias psicoativas entre profissionais da farmácia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA/UFAL), bem como identificar a frequência de consumo, a percepção de craving, os impactos na produtividade e a preocupação de pessoas próximas. Trata-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo e descritivo, desenvolvido com os profissionais da farmácia hospitalar do HUPAA. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação do instrumento ASSIST e de um questionário sociodemográfico elaborado pelos pesquisadores. Os resultados evidenciaram prevalência do consumo de substâncias lícitas, sobretudo bebidas alcoólicas, relatadas majoritariamente em uso ocasional, embora com registros de craving mensal em um participante. Não foram observados relatos de consumo de drogas ilícitas nos três meses anteriores à pesquisa, tampouco de prejuízos consistentes na produtividade laboral. A maioria dos participantes também indicou nunca ter recebido manifestações de preocupação de pessoas próximas em relação ao uso de substâncias. Conclui-se que, apesar da baixa frequência e intensidade de uso relatados, os achados reforçam a importância do monitoramento contínuo dessa população, considerando seu papel estratégico no cuidado em saúde e a relevância de políticas públicas, como a PNAD 2019, que orientam ações de prevenção e intervenção.