ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM SALA DE AULA: UMA AVALIAÇÃO DAS ATITUDES LINGUÍSTICAS DOS ALUNOS COM RELAÇÃO AOS TRAÇOS GRADUAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Língua Portuguesa. Variação. Sociolinguística Educacional. Traços Graduais.
Atitudes.
A variação linguística é uma característica inerente a todas as línguas e se manifesta na fala de todas as pessoas independente do nível de escolaridade ou classe social, em todas as variedades, inclusive nas chamadas normas prestígiadas. De acordo com as pesquisas de Bortoni (2004), essa variação ocorre ao longo de um contínuo, manifestada nos traços graduais que, segundo Bagno (2007), constam no Vernáculo Geral Brasileiro, por exemplo através da monotongação e da assimilação. Esta variação social, de acordo com Faraco (2015), é “a verdadeira questão a ser enfrentada”. Assim, o presente trabalho se propõe a verificar a percepção do estudante sobre a variação que ocorre ao longo do contínuo de urbanização e que atitudes manifestam diante do fenômeno. Para tanto, optou-se pela análise das formas linguísticas dinhêro, diêro- como representantes da monotongação e soltano, como representante da assimilação; visto que tratam-se de traços graduais da língua, comparecendo, portanto, nas variedades estigmatizadas e prestigiadas. Esta pesquisa utiliza os pressupostos da Sociolinguística Educacional encontrados em Bortoni-Ricardo (2004, 2005), da Sociolinguística Variacionista, de acordo com Labov (2008), Bagno (2004, 2007,2019, 2020) e da Pedagogia da Variação Linguística, segundo Cyranka (2007), Faraco (2008), dentre outros. Os procedimentos metodológicos consistem na aplicação de testes de percepção e atitudes, a fim de se conhecer o comportamento linguístico dos alunos.