Proposta de Trilha Formativa para impulsionar afronegócios – Estudo De Caso Da Startup Formmer Afro
Afroempreeendedorismo, afronegócios, inovação propriedade intelectual, trilhas de formativas , Black Money
O presente estudo busca entender as conexões entre afroempreendedorismo, inovação e propriedade intelectual (PI), com o objetivo de propor diretrizes que fortaleçam afronegócios, promovendo inclusão, sustentabilidade e valorização cultural. Utilizando uma abordagem qualitativa e exploratória, o estudo busca compreender os desafios enfrentados por afroempreendedores e construir estratégias que fomentem práticas inovadoras e sustentáveis. A abordagem qualitativa é essencial para captar experiências vividas e especificidades culturais, enquanto a perspectiva exploratória permite identificar lacunas e oportunidades emergentes no campo. O afroempreendedorismo é apresentado como uma prática que vai além da economia, destacando-se como uma estratégia de resistência às desigualdades raciais e de valorização cultural, fortalecendo comunidades afrodescendentes. Contudo, desafios estruturais como acesso limitado a financiamento, redes de apoio e capacitação técnica, além de desigualdades de gênero e raça, comprometem a sustentabilidade dos negócios afrocentrados. Para enfrentar essas barreiras, a pesquisa propõe trilhas formativas afrocentradas que integram capacitação técnica, inovação e valorização cultural como ferramentas estratégicas para promover o fortalecimento desses negócios. O estudo bibliométrico realizado revelou um aumento significativo de publicações sobre afroempreendedorismo entre 2018 e 2023, indicando crescente interesse no tema. Três principais eixos foram identificados na literatura: inclusão e equidade socioeconômica, inovação e sustentabilidade e barreiras estruturais enfrentadas por afroempreendedores. Lacunas importantes foram apontadas, como a necessidade de integrar práticas de inovação e sustentabilidade, bem como abordar interseccionalidades de raça, gênero e classe. Esses resultados reforçam a relevância de soluções práticas, como as trilhas afrocentradas propostas. Os resultados preliminares mostram que a PI, embora subutilizada no contexto afroempreendedor, é uma ferramenta estratégica para proteger inovações e valorizar criações afrocentradas. Movimentos como o Black Money foram destacados como essenciais na construção de redes colaborativas e no fortalecimento do ecossistema empreendedor afrocentrado. Além disso, as trilhas formativas afrocentradas surgem como uma abordagem promissora para capacitar afroempreendedores, fortalecer suas identidades culturais e desenvolver modelos de negócios resilientes. A validação prática dessas trilhas está prevista para ocorrer nas oficinas Formmer Black Labs, que visam testar a eficácia da proposta em contextos reais. Conclui-se que o afroempreendedorismo, articulado à inovação e à PI, é uma ferramenta poderosa para transformar desigualdades estruturais em oportunidades de desenvolvimento sustentável e valorização cultural. A pesquisa contribui ao propor diretrizes replicáveis que promovam ecossistemas empreendedores mais inclusivos, sustentáveis e representativos, reforçando o papel do afroempreendedorismo como um motor de transformação social e econômica no Brasil.