CORTISOL PILOSO E BEM-ESTAR EM GATOS DOMÉSTICOS: INFLUÊNCIA DO MODO DE CRIAÇÃO, DO AMBIENTE FÍSICO E SOCIAL E DE INDICADORES DE ESTRESSE
Bem-estar felino; biomarcadores de estresse, enriquecimento ambiental.
Este estudo avaliou o cortisol piloso como biomarcador de estresse crônico em 34 gatos domésticos (Felis catus), comparando indivíduos domiciliados (indoor) e semidomiciliados (outdoor). Objetivou-se investigar associações entre os níveis hormonais, características do ambiente físico e social, e indicadores comportamentais relacionados ao bem-estar. As amostras de pelo foram analisadas por ELISA, e os tutores responderam a questionários estruturados. A média geral de cortisol foi de 2,52 pg/mg, sem diferença significativa entre os grupos indoor (2,41 pg/mg) e outdoor (2,62 pg/mg; p = 0,510), sugerindo que ambos os modos de criação podem ser compatíveis com baixos níveis de estresse fisiológico. Gatos indoor foram associados a ambientes mais enriquecidos, com caixa de areia, esconderijos, verticalização e estímulos predatório, ressaltando a importância desses recursos em ambientes internos. Gatos com comportamentos como isolamento e vocalização excessiva apresentaram níveis mais elevados de cortisol, enquanto a percepção de estresse pelos tutores não se correlacionou com os dados hormonais. Os achados reforçam a relevância do enriquecimento ambiental para o bem-estar felino. Estudos com amostras ampliadas são recomendados para aprofundar essas relações e contribuir para disseminação de práticas eficazes no manejo ambiental de gatos domésticos.