Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULA CAROLINE VITAL ELIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULA CAROLINE VITAL ELIAS
DATA : 17/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Instituto de Ciências Biológicas – ICBS/UFAL
TÍTULO:

Inquérito Epidemiológico de Leishmaniose Visceral Canina em Maceió: Caracterização e avaliação da qualidade dos dados (2013 - 2021).

PALAVRAS-CHAVES:

Qualidade de dados, Incompletude, Leishmania, Zoonoses

PÁGINAS: 65
RESUMO:

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma antropozoonose transmitida por vetores, tendo como agente etiológico no Brasil o protozoário cinetoplastídeo Leishmania infantum chagasi, disseminado durante a hematofagia de fêmeas de flebotomíneos do gênero Lutzomyia. Em Maceió, a Unidade de Vigilância e Zoonoses (UVZ) é responsável pela vigilância epidemiológica dessa parasitose, incluindo o levantamento de informações sobre a infecção em cães. A presença de cães infectados é um indicador crucial do risco de transmissão para humanos, tornando o monitoramento e controle da população canina essencial para a saúde pública. Este estudo objetivou caracterizar e avaliar a qualidade do banco de dados do Inquérito Epidemiológico da LVC da UVZ de Maceió, no período de 2013 a 2021. Foi realizado um estudo retrospectivo com informações cedidas pela Gerência de Vetores e Animais Peçonhentos da UVZ. Os dados foram exportados, caracterizados e avaliados quanto às incompletudes. Para essa avaliação, o banco foi dividido em três blocos: "Bloco 1: Identificação" (endereço, código da amostra, nome do animal, nome do tutor e telefone do tutor), "Bloco 2: Diagnóstico" (resultados de DDP e Elisa) e "Bloco 3: Desfecho" (variável "observações", implementada a partir de 2015). Considerou-se incompletude no Bloco 1 e 3 quando havia campos em branco ou com respostas inadequadas, e no Bloco 2, respostas divergentes de "positivo, negativo e indeterminado". Foram registradas 23.188 amostras de cães, sendo 99,05% (22.968/23.188) de Maceió e 0,95% (220/23.188) de outros municípios. Os dados de animais de outros municípios também foram considerados incompletos. A soropositividade confirmada para LVC foi de 1,63% (329/23.188), destacando-se 2018 com frequência de 3,5% (97/2.802). Houve variação entre os distritos sanitários de Maceió, com maior frequência no DS 8 (36,7%) e menor no DS 1 (0,5%). A frequência de incompletude no Bloco 1 foi de 1,85% (427/22.968). No Bloco 2, a incompletude foi de 0,45% para DDP e 0,98% para ELISA, com maior incompletude em 2015 (3,31%). No Bloco 3, 98,64% (364/369) das amostras positivas no teste confirmatório apresentaram incompletude devido à ausência de dados sobre o destino dos animais. Os resultados deste estudo destacam a importância do monitoramento contínuo e da manutenção da qualidade dos dados epidemiológicos sobre a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) em Maceió. A presença de incompletudes, especialmente nos dados sobre o destino dos animais positivos, aponta para a necessidade de melhorias nos sistemas de registro e acompanhamento. A soropositividade variada entre os distritos sanitários reforça a necessidade de estratégias de controle específicas para cada região. Fortalecer a vigilância epidemiológica e a capacitação dos profissionais envolvidos pode contribuir significativamente para a prevenção da transmissão da LV, promovendo uma saúde pública mais eficaz e eficiente.

MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) ao Programa - 1260948 - BEATRIZ MARIA DE ALMEIDA BRAZ - nullPresidente - 2119250 - MULLER RIBEIRO ANDRADE
Externo(a) à Instituição - Marcus Vinicius Dias Falcão