ETIOLOGIA DA MASTITE BOVINA, PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS E DETECÇÃO DE GENES DE RESISTÊNCIA AOS BETALACTÂMICOS EM Staphylococcus aureus ISOLADOS DE REBANHOS LEITEIROS DO ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL
Fazendasleiteiras;Microrganismos;PCR; Diagnóstico
O objetivo da pesquisa foi investigar a etiologia da mastite e resistência antimicrobiana, além de detectar genes de resistência aos betalactâmicos em Staphylococcus aureus isolados do leite de vacas com mastite de propriedades do estado de Alagoas, Nordeste, Brasil. O primeiro artigo analisou 364 amostras de leite de três propriedades, identificando crescimento microbiano em 68% das amostras, totalizando 281 isolados, entre os quais Staphylococcus spp. (47%) foi o agente mais prevalente. Testes de suscetibilidade antimicrobiana indicaram que Penicilina, Cefalotina e Ciprofloxacino foram ineficazes, enquanto Gentamicina, Amoxicilina com Ácido Clavulânico e Clorafenicol demonstraram maior eficácia. O segundo artigo focou na resistência genética em isolados de Staphylococcus aureus provenientes de 99 amostras de mastite clínica e subclínica de duas propriedades, detectando o gene blaZ em 12,5% dos casos, associado à resistência a beta-lactâmicos, enquanto os genes mecA e mecC não foram encontrados. No terceiro artigo, foi relatado um surto de mastite clínica e subclínica causado por Prototheca spp. em uma propriedade no município de Olho D'Água das Flores, Alagoas. Das 248 amostras analisadas, 74,19% foram positivas para mastite, sendo 20% relacionadas a Prototheca spp., um patógeno que não responde aos tratamentos convencionais. Condições inadequadas de manejo e higiene, como o acúmulo de matéria orgânica, foram apontadas como fatores críticos para a persistência da infecção. Os resultados obtidos evidenciam a complexidade da mastite bovina e reforça a necessidade de abordagens integradas que combinem diagnóstico preciso, manejo eficaz, e monitoramento da resistência antimicrobiana. Além disso destaca a importância do monitoramento de genes de resistência e a necessidade de estratégias de biossegurança e manejo para minimizar a disseminação de cepas resistentes em rebanhos leiteiros.