Banca de QUALIFICAÇÃO: CLARÍCIO ALVIM BUGARIM NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLARÍCIO ALVIM BUGARIM NETO
DATA : 15/07/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 01 - ICBS
TÍTULO:

FEBRE MACULOSA: AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA OCORRÊNCIA DE RIQUETSIOSES NO ESTADO DE ALAGOAS


PALAVRAS-CHAVES:

Rickettsia, Sorologia, Biologia Molecular, Nordeste, Brasil.


PÁGINAS: 38
RESUMO:

Este estudo teve como objetivo investigar a circulação de Rickettsia spp. em animais domésticos e seus ectoparasitas em áreas com casos humanos suspeitos ou confirmados de Febre Maculosa, nos municípios de Maragogi, Palmeira dos Índios, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira, no estado de Alagoas, região Nordeste do Brasil. A investigação visa compreender a dinâmica epidemiológica da doença em uma região considerada não endêmica, contribuindo para estratégias de vigilância e controle. Foram coletadas amostras sanguíneas de 114 animais, sendo 95 cães e 19 cavalos, residentes em Locais Prováveis de Infecção (LPI). A distribuição dos animais foi: 68 de Maragogi, 30 de Palmeira dos Índios, 14 de São José da Tapera e 2 de Senador Rui Palmeira. As amostras de soro foram analisadas por Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), no Laboratório de Ixodologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com antígenos das espécies Rickettsia rickettsiiRickettsia parkeri e Rickettsia amblyommatis, considerando-se como ponto de corte o título de 1:64. Também foram coletados exemplares de carrapatos dos animais. Os resultados sorológicos revelaram que 54,3% (62/114) dos animais apresentaram anticorpos anti-Rickettsia spp., indicando contato prévio com o agente infeccioso. Um cão apresentou resultado positivo na análise molecular de coágulo, confirmando a circulação da bactéria em uma das localidades investigadas. Dos 146 carrapatos avaliados, 111 (76,02%) pertenciam à espécie Rhipicephalus sanguineus e 35 (23,97%) à espécie Dermacentor nitens, não sendo detectado DNA da bactéria nesses vetores. A confirmação de óbitos humanos nas localidades investigadas confere ainda mais relevância aos achados obtidos nas coletas, reforçando a importância da vigilância integrada e da investigação nas áreas onde houve exposição de animais à Rickettsia spp. Esses resultados evidenciam a necessidade de ações contínuas de monitoramento, capacitação profissional e controle de vetores, considerando o potencial risco à saúde pública. Conclui-se que os animais investigados foram expostos à Rickettsia spp., sendo fundamental a continuidade de estudos ecológicos e epidemiológicos voltados à caracterização genética das cepas, ao monitoramento das interações entre fauna doméstica e silvestre e à formulação de estratégias de prevenção da doença.


MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1556562 - ABELARDO SILVA JUNIOR
Interno(a) - 1640234 - DIOGO RIBEIRO CAMARA
Presidente - 1640530 - WAGNNER JOSE NASCIMENTO PORTO
Notícia cadastrada em: 07/07/2025 11:29
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