TRANSFORMAÇÕES DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS INDEPENDENTES NO BRASIL: OS FLUXOS DE INFORMAÇÃO DO INSTAGRAM NAS PRODUÇÕES DE HQS QUE “PARECEM COISA DO BRASIL”
histórias em quadrinhos; fluxos da informação; redes sociais; Visualidade; quadrinhos brasileiros.
As Histórias em Quadrinhos figuram como objetos de pesquisa científica em diversas áreas de estudo, e, por consequência, muitos pesquisadores vêm se debruçando em discutir acerca destes artefatos gráficos, buscando entender suas múltiplas faces e aplicabilidades. Os quadrinhos não se limitam apenas ao suporte impresso, figurando também em ambientes digitais. Estas Histórias em Quadrinhos digitais, também conhecidas como webquadrinhos, englobam todas as produções de Histórias em Quadrinhos feitas de forma híbrida ou totalmente produzidas com suporte de programas de ilustração digital. Dentro desse contexto, e tendo em vista a trajetória das Histórias em Quadrinhos brasileiras, é perceptível que estas possuem uma forte relação com o crescente fluxo de informação no mercado, e, que também foram e são impulsionadas pelos meios de comunicação digitais em espaços virtuais como as redes sociais. O presente estudo apresenta o objetivo de identificar como as dinâmicas informacionais presentes na rede social Instagram podem ter transformado o paradigma da Visualidade das histórias em quadrinhos independentes no Brasil. Metodologicamente, o trabalho pode ser considerado como exploratório, que se utiliza da pesquisa bibliográfica e documental, da análise diacrônica, da análise de conteúdo e da observação sistemática de grupos alvos, quadrinistas brasileiros, sobretudo os independentes que publicam webquadrinhos, os quais demonstram indícios de mudança em sua abordagem e Visualidade. E, em específico para o conceito construído e defendido neste trabalho, uma Visualidade de um quadrinho que “parece coisa do Brasil”, percebe-se que este é fruto desse contexto criado em ambientes virtuais das redes sociais, e das dinâmicas informacionais que ali ocorrem. Somente a partir da observação e da identificação de tais ciclos informacionais foi possível elaborar reflexões que sustentem um juízo de valor em torno do conceito de “parece coisa do Brasil” nas HQs nacionais independentes.