Ritmo circadiano na ataxia espinocerebelar do tipo 3: avaliação clínica e por actigrafia
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RESUMO: A relação entre o ritmo circadiano e as doenças neurodegenerativas vem
sendo estudada com interesse crescente, uma vez que parece ser uma via promissora
para a compreensão do processo neurodegenerativo e, talvez, possa contribuir para o
desenvolvimento de estratégias terapêuticas neuroprotetoras. Atualmente, há estudos em
humanos sobre ritmo circadiano em alguns tipos de doenças neurodegenerativas como
doença de Alzheimer, doença de Parkinson e doença de Huntington; no entanto, ainda
não há estudos publicados sobre aspectos circadianos de pessoas com ataxias
espinocerebelares. Esse é um estudo observacional de caso-controle que tem como
objetivo avaliar ritmos circadianos e distúrbios do sono em pacientes com diagnóstico
de ataxia espinocerebelar do tipo 3 através de questionários específicos e validados na
literatura e da análise da actigrafia e comparar com pacientes que não possuem
diagnóstico de ataxia espinocerebelar do tipo 3, no grupo controle. Até o momento,
foram avaliados 12 indivíduos com AEC3 e 5 indivíduos no grupo controle. Os
resultados preliminares indicam que nenhum indivíduo de ambos os grupos foi
classificado com cronotipo vespertino e a maioria dos indivíduos com AEC3 possuem
baixa qualidade de sono, o que parece estar associado à gravidade do quadro de ataxia,
porém essa associação necessita de mais dados para confirmação.