PPCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS FACULDADE DE MEDICINA Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de QUALIFICAÇÃO: CLEDNA KALINE DOS SANTOS DUARTE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLEDNA KALINE DOS SANTOS DUARTE
DATA : 28/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Famed
TÍTULO:

PIGMENTOS PRODUZIDOS POR FUNGOS FILAMENTOSOS DA ILHA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO E DO BIOMA CAATINGA: PROSPECÇÃO E POTENCIAL CONTRA O GÊNERO CANDIDA


PALAVRAS-CHAVES:

Extremófilos; Prospecção; Micologia.


PÁGINAS: 30
RESUMO:

O aumento da resistência antifúngica causada pelo gênero Candida constitui-se em um sério e
urgente problema de saúde pública, uma vez que reduz a chance de tratamentos eficazes e,
consequentemente, aumentam a taxa de mortalidade. Nessa perspectiva, pigmentos
produzidos por fungos filamentosos configuram-se como alvos promissores de investigação,
em decorrência do seu amplo espectro de propriedades biológicas já reconhecidas. Essa
biatividade pode ser ainda mais expressiva quando esses compostos são recuperados de
ambientes extremos, considerando que as condições ambientais favorecem a ativação de uma
resposta bioquímica altamente especializada por esses organismos. Assim, o objetivo deste
estudo foi prospectar fungos produtores de pigmentos a partir de amostras de solos da Ilha de
São Pedro e São Paulo e da Caatinga alagoana, visando o potencial antifúngico desses
pigmentos contra leveduras do gênero Candida. O primeiro grupo de amostras foram
advindas de uma parceria através do Projeto Ilhas Oceânicas, na qual foram coletadas
amostras de solos de aves na Ilha de São Pedro e São Paulo pelo grupo de pesquisa do Prof.
Dr. Luiz Rosa, da UFMG. O segundo grupo de amostras foi obtido pela equipe do LABMIP,
em colaboração com um especialista em cactáceas, ambos da UFAL Campus Arapiraca, na
qual amostras de solo de rizosfera de cactáceas foram coletadas. As amostras foram
processadas utilizando diferentes meios de cultura e duas diluições (10−1 e 10−2) para otimizar
a recuperação dos microrganismos. Os fungos selecionados passaram pela etapa de produção
de pigmentos, utilizando duas estratégias de cultivo: (i) cultivo sólido em meio Ágar Extrato
de Malte 2% em placas de Petri grandes e (ii) cultivo sólido em Erlenmeyer, com
quantificação de conídios pela câmara de Neubauer. Os pigmentos foram extraídos com
acetato de etila, filtrados em filtração a vácuo, concentrados em rotaevaporador, secos em
dessecador e liofilizados. Enquanto a avaliação do rendimento de produção se deu a partir de
pesagem em balança analítica. Posteriormente, os fungos selecionados foram submetidos a
microcultivo utilizando a montagem em câmara, sendo visualizados em microscópio óptico na
objetiva de 40x. Logo após, foi realizada a avaliação taxonômica dos isolados através de
análise molecular da região do rDNA ITS1 e ITS2. Com isso, foram isolados 199 fungos
filamentosos, 97 do ASPSP e 102 da Caatinga alagoana. Dentre os fungos isolados da Ilha, 17
apresentaram capacidade de produzir pigmentos, com tons de amarelo e marrom, enquanto na
Caatinga, 11 exibiram pigmentação variando entre amarelo, marrom e vermelho. Os fungos
do ASPSP apresentaram uma produção mais limitada de pigmentos, não respondendo de
forma expressiva à radiação UV-C. Por outro lado, os fungos da Caatinga foram capazes de
crescer e produzir pigmentos sob exposição à radiação UV-C. Além disso, foi possível a
produção de 16 fungos filamentosos, 8 isolados de cada ambiente supracitado. Em relação ao
rendimento de produção dos pigmentos, os fungos do ASPSP exibiram os maiores
rendimentos de produção, com máximo de 711,1 mg e mínimo de 234,8 mg. Já os isolados da
Caatinga apresentaram valores de rendimento distribuídos entre 375,3 mg a 129,5 mg. Os
resultados demonstraram uma predominância do gênero Aspergillus, considerando que dos 16
isolados fúngicos analisados, 15 foram identificados como pertencentes ao gênero em
questão. No entanto, um dos isolados não pôde ser identificado, dado que não apresentou
estruturas reprodutivas visíveis. Os dados obtidos apontam que tanto o ASPSP quanto a
Caatinga alagoana atuam como um reservatório promissor para a recuperação de fungos
filamentosos produtores de pigmentos e que podem possuir potencial biotecnológico
diferenciado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 2272670 - ALINE CAVALCANTI DE QUEIROZ
Presidente - 1506475 - ALYSSON WAGNER FERNANDES DUARTE
Externo(a) ao Programa - 1020861 - DANIELLY CANTARELLI DE OLIVEIRA - nullExterno(a) ao Programa - 1320545 - THAISSA LUCIO SILVA - null
Notícia cadastrada em: 31/07/2025 11:35
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