JARDIM DO AMBIENTE ESCOLAR: UM ESTUDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO ESTÉTICO-AMBIENTAL À LUZ DO PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
Educação Estética; Educação Ambiental; Religação dos Saberes; Jardim da Escola.
A Educação Ambiental pode ser desenvolvida de muitas formas. A partir dos conteúdos científicos, por exemplo, os professores podem politizar a realidade na qual o sujeito está inserido, propondo transformar suas ações em prol de emancipá-lo. Porém, muitas vezes, nesse contexto, não há espaço para a percepção/reflexão da estética do ambiente escolar, lugar que permite vários questionamentos como: quem somos, onde estamos, o que fazemos e por que fazemos. Perguntas estritamente relacionadas ao entendimento das atitudes da humanidade frente à destruição ambiental. À vista disso, consideramos o jardim da escola um espaço em potencial para experenciar e construir conhecimentos estéticos e ambientais à luz do Paradigma Complexidade. Isto posto, essa pesquisa procura responder: Que significados e sentidos surgem do contato com o jardim do ambiente escolar a partir da perspectiva da Educação Estético-Ambiental e construção de saberes ambientais fundamentados no Paradigma da Complexidade? Para tanto, se propõe a compreender as percepções e significados de professoras e estudantes, de duas turmas de Ensino Médio Integral, da Rede Pública Estadual, localizada em uma escola no agreste alagoano, sobre o jardim do ambiente escolar por meio de uma vivência baseada na perspectiva da Educação Estético-Ambiental à luz do Paradigma da Complexidade. Em vista disso, a metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa, do tipo exploratória, na qual consideramos, para a construção dos dados, os Relatos de Vivência escritos pelos participantes no momento que visitaram o jardim da escola e realizaram a leitura de poema, assim como, observaram pinturas que os auxiliaram na construção de suas percepções e significados. No tocante a análise e interpretação dos dados, adotamos a Análise Textual Discursiva. Logo, os resultados foram organizados em quatro categorias, são estas: Natureza e seus benefícios, Responsabilidade ambiental, Sensibilidade na formação humana, e Conscientização para conservação do ambiente. Após a análise categorial, evidenciamos que o jardim não é usualmente utilizado no processo de ensino e aprendizagem, do mesmo modo que há uma inadequação entre os saberes construídos em sala de aula e a realidade multidimensional do sujeito. Havendo, pois, uma necessidade de conhecimentos que ultrapassem as paredes da sala de aula e o predomínio da razão, que ampliem o autoconhecimento e favoreçam a relação sujeito-ambiente.