Banca de DEFESA: GIZELMA EPIFÂNIO BARROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIZELMA EPIFÂNIO BARROS
DATA : 15/08/2025
HORA: 15:30
LOCAL: SALA 01 DO IEFE UFAL
TÍTULO:

Jogos e brincadeiras na escola: vivências para a inclusão dos alunos de matrizes indígenas


PALAVRAS-CHAVES:

Escola; Educação Física; Jogos e Brincadeiras Indígenas.


PÁGINAS: 141
RESUMO:

Esta dissertação apresenta uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva e exploratória, fundamentada na metodologia da pesquisa-ação, cujo objetivo é compreender os sentidos atribuídos por estudantes de matrizes indígenas aos jogos e brincadeiras vivenciados durante as aulas de Educação Física, em uma escola da rede pública estadual de Pernambuco. A questão norteadora que orienta este estudo é: - quais os sentidos atribuídos pelos estudantes de matrizes indígenas aos jogos e brincadeiras praticados na escola durante as aulas de Educação Física? Participaram da pesquisa 20 estudantes de ambos os gêneros com idades entre 11 e 15 anos, matriculados do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, na Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio São Francisco, localizada no município de Petrolândia, Estado de Pernambuco. Os estudantes pertencem a cinco etnias indígenas: Pankararu, Kapinawá, Atikum, Kambiwá e Xukuru do Ororubá. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu ao longo de 20 encontros pedagógicos, onde foi aplicada uma sequência didática como suporte intervencional. Os instrumentos de coleta de dados empregados foram os Círculos de Cultura, que assumiram a função de espaços de escuta, diálogo e feedback entre pesquisadora e participantes; a utilização do Padlet como ferramenta interativa e colaborativa no levantamento de dados; a entrevista semiestruturada e a observação direta com registros no diário de campo. A análise dos dados foi conduzida por meio da técnica de análise de conteúdo, adotando como critério a categorização emergente, construída a partir das falas dos estudantes e dos registros obtidos ao longo das atividades, organizando e classificando os dados de acordo com as características comuns, agrupando-as em categorias levantadas a posteriori. Os resultados revelaram que, embora muitos estudantes apresentem dificuldade em definir conceitualmente os termos jogo e brincadeira, reconhecem, praticam e atribuem valor às experiências lúdicas próprias de suas comunidades. Os espaços considerados mais adequados para essas práticas são amplos, abertos e com chão de terra batida, características comuns às suas aldeias. A inserção dos Jogos e Brincadeiras Indígenas nas aulas de Educação Física revelou-se uma prática pedagógica significativa, capaz de resgatar saberes ancestrais, fortalecer a identidade cultural e promover o sentimento de pertencimento dos estudantes indígenas no ambiente escolar. As falas dos estudantes expressaram alegria, orgulho e satisfação em vivenciar, ensinar e aprender práticas que fazem parte de sua cultura, mas que, muitas vezes, estavam invisibilizadas na escola. Dessa forma, conclui-se que a utilização dessas práticas no contexto educativo não apenas favorece o desenvolvimento de competências motoras e formações sociais, mas também se consolida como uma potente estratégia metodológica de inclusão, diálogo intercultural, valorização da diversidade e construção de uma educação mais justa, plural e representativa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2121270 - LEONEA VITORIA SANTIAGO
Interno(a) - 3387217 - MIRAIRA NOAL MANFROI
Externo(a) à Instituição - NARA ELISA GONÇALVES MARTINS DE OLIVEIRA - UFAL
Notícia cadastrada em: 14/08/2025 15:00
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