ATIVIDADE FÍSICA, COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E FRAGILIDADE DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Atividade física; Comportamento sedentário; Fragilidade física; Acelerômetro; Fenótipo de Fried;
Introdução: O HIV tornou-se um problema crônico de saúde pública, e avanços significativos têm sido alcançados na ampliação da perspectiva de vida das pessoas que vivem com o vírus. A terapia antirretroviral (TARV) tem contribuído de forma expressiva para o controle da infecção e para o aumento da expectativa de vida dessa população. No entanto, evidências indicam que padrões de comportamento, como a prática de atividade física, ainda são limitados, e há predomínio de comportamentos sedentários. Essa inatividade pode ser um fator agravante para desfechos adversos de saúde, como a fragilidade. Diante disso, torna-se necessário compreender melhor o contexto da fragilidade e suas possíveis associações em pessoas que vivem com HIV (PVHIV). Objetivo: Investigar a associação entre de atividade física e comportamento sedentário, de forma isolada e combinada, com a fragilidade em PVHIV. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, de delineamento transversal, realizado com pessoas que vivem com HIV, com idade igual ou superior a 40 anos, em uso da TARV há pelo menos seis meses. Os participantes são acompanhados por três centros de especialidades localizados em Maceió, Alagoas, Brasil. A atividade física e o comportamento sedentário serão avaliados por meio do uso de acelerômetros, utilizados continuamente por sete dias. A fragilidade será mensurada com base no fenótipo proposto por Fried et al. (2001). Serão consideradas como variáveis de confusão: fatores sociodemográficos e econômicos, aspectos clínicos relacionados à infecção (tempo desde o diagnóstico, uso de TARV, contagem de células CD4+ e carga viral), presença de comorbidades, tabagismo e consumo de álcool. As análises estatísticas incluirão procedimentos descritivos (média, mediana, desvio-padrão e intervalo interquartil) para caracterização das variáveis de interesse e preditoras. Para verificar associações entre as variáveis, serão aplicados o teste do qui-quadrado e a regressão logística binária, estratificada pelo sexo e com ajuste para potenciais fatores de confusão, como idade, escolaridade, renda e dados clínicos. Serão adotados como critérios de significância estatística o valor de p=0.05 e intervalo de confiança de 95%. Resultados esperados: Estima-se que a prevalência de fragilidade em PVHIV seja consideravelmente elevada. Portanto, compreender o papel desses comportamentos no desenvolvimento ou na prevenção da fragilidade entre PVHIV é fundamental para subsidiar estratégias de cuidado mais eficazes.