TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PARA ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
TEA. TA. EF Adaptada. Inclusão.
A experiência de escutar os professores nos leva a perceber repetições de discursos que dizem algo de uma formação do professor, da qual fazem parte esses sujeitos. Este estudo tem o objetivo principal de conhecer o uso de Tecnologia Assistiva - TA com alunos com TEA na Educação Básica, com o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC aplicados a estudantes diagnosticados com transtorno do espectro autista - TEA. Seus objetivos específicos consistem verificar se o uso das TA consta das aulas de Educação Física, propor atividades de TIC, utilizando as TA pensando na formação de professores para inclusão do público estudado, observar a prática pedagógica dos professores EF identificando o uso de TA para alunos com TEA. O estudo está fundamentado na pesquisa qualitativa com abordagem da pesquisa-ação. Os sujeitos da pesquisa são professores de Educação Física (EF) do Ensino Fundamental, tendo como instrumentos para este estudo: a observação, o planejamento do professor e a entrevista de grupo focal. Assim, para a realização deste estudo, foram selecionadas 3 escolas da rede municipal de Maceió. Para o estudo da análise dos dados, optou-se pela análise do conteúdo Os resultados deste estudo visa contribuir para ampliar o conhecimento dessas metodologias de práticas com tecnologias, visando à efetiva inclusão, não só dos estudantes com TEA, mas de qualquer estudante que necessite de estratégias metodológicas específicas fundamentadas e adequadas às suas realidades para facilitar a aprendizagem. Participaram da pesquisa três professores de EF que atuavam na escola e que tinham ou já tiveram em suas turmas estudantes com autismo. Para coletar os dados, foram utilizados: observação, entrevista semiestruturada, reformulação do planejamento do professor, diário de campo das sessões reflexivas sobre a adaptação da formação dos professores, desenvolvido em quinze encontros. Por meio da metodologia de pesquisa escolhida, estabeleceu-se uma parceria entre pesquisador e professores. Para análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo, com uma categorização temática conforme os objetivos específicos do trabalho. Com a análise dos dados constatou-se que não existiu formação continuada na área da educação física há mais de 10 anos. Além disso, notou-se que, mesmo diante das dificuldades, os professores buscavam construir estratégias inclusivas com TA, mas ainda com base em experiências e formações anteriores e depois da capacitação do pesquisador sobre a área do conhecimento em TA. A pesquisa-ação possibilitou o desenvolvimento de novas experiências corporais inclusivas, a união dos professores e o envolvimento de outros profissionais da área da educação na escola. Diante disso, realizou-se uma capacitação de formação continuada em serviço a favor da inclusão de estudantes com TEA. Sugere-se que este trabalho possa ser ampliado entre outros docentes de Educação Física da cidade de Maceió-AL, tanto de escolas públicas quanto privadas, para ampliar o conhecimento dessas metodologias de práticas corporais, visando à efetiva inclusão, não só dos alunos com autismo, mas de qualquer estudante que necessite de estratégias metodológicas específicas, fundamentadas nas tecnologias e adequadas às suas realidades para facilitar a aprendizagem.