COMPORTAMENTO DA CAFEÍNA EM MEIO NÃO SATURADO, UTILIZAÇÃO DE ENSAIOS DE COLUNA PARA SEDIMENTOS DA FORMAÇÃO BARREIRAS E DEPÓSITOS LITORÂNEOS
Uma forma de verificar a origem de um potencial contaminante é através da presença da cafeína no meio, uma vez que a mesma é um indicador direto de contaminação por efluentes domésticos. É neste sentido que este estudo buscou compreender a relação da quantidade de cafeína encontrada nas águas subterrâneas com a quantidade que é lançada em superfície. Para tal, foi necessário analisar a presença da cafeína em poços de captação de água subterrânea e entender o comportamento da mesma em meio não saturado, utilizando sedimentos das unidades geológicas aflorantes da Formação Barreiras e dos Depósitos Litorâneos, onde foram realizados ensaios de coluna em três diferentes tamanhos (0,5 / 1,0 e 2 metros) e lançada solução de cafeína pré-definida em cada uma delas (para cada tipo de sedimento específico) e coletado em seu final, permitindo assim obter a capacidade de retenção desses sedimentos. Os resultados mostram que para a formação Barreiras, a cafeína foi retida apenas no primeiro metro de sedimentos, próxima dos 100 mg/l, onde a partir daí, tais sedimentos não foram mais capazes de agir em sua remoção. Já os Depósitos Litorâneos removeu a cafeína de maneira progressiva, permitindo deduzir que quanto maior for a profundidade dos sedimentos, maior será sua capacidade de reter. Quando analisado tais resultados com a quantidade de cafeína presente nos poços de águas subterrâneas, o valor abaixo do limite de quantificação de análise permitiu deduzir que para os Depósitos litorâneos a quantidade de cafeína lançada nas proximidades do poço foi inferior a 350 mg/L, Já para os poços localizados na formação Barreiras, a quantidade foi inferior a 100 mg/L ou, caso tenha sido superior, a zona saturada foi a responsável por reter a mesma
Aquíferos, Indicadores de contaminação, Percolação, Contaminantes Emergentes; Ensaios de tubulação